Sapra Landauer convida você para webinar sobre curso da AIEA (Techinical RLA 6091)

A Sapra Landauer convida você para um webinar especial de final de ano com as notas resumidas de um curso de proteção radiológica promovido pela AIEA, a Agência Internacional para Energia Atômica. O evento será online, no próximo dia 30 de novembro, quinta-feira, às 15h30, com participação do Físico Médico, Renato Dimenstein, e a Física, Maria de Fátima Magon. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no formulário abaixo.

O Webinar “Notas resumidas do curso da AIEA realizado em San José – Costa Rica (Techinical RLA 6091) | Fatores que afetam a dose e a qualidade em radiologia e fluoroscopia” abordará aspectos práticos de situações que podem interferir na dosimetria de radiações e na qualidade da imagem gerada por meio de equipamentos de radiologia, arcos cirúrgicos e de hemodinâmica.

O evento é destinado ao público de médicos, físicos, operadores de equipamentos, estudantes e profissionais de segurança do trabalho e terá como palestrantes os físicos Renato Dimenstein, especialista em Radiodiagnóstico e supervisor de Proteção Radiológica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), e Maria de Fátima Magon, doutora pela USP e responsável técnica e gerente de operações e do sistema da qualidade na Sapra Landauer.

O conteúdo do webinar é uma compilação do curso da AIEA, realizado na em San José, na Costa Rica. Ele permitirá, por exemplo, que os participantes da webinar reconheçam o paradigma “qualidade versus dose”, de acordo com o princípio do ALARA, ou “As Low As Reasonably Achievable”, um acrônimo em inglês para a expressão “tão baixo quanto razoavelmente exequível”, preconizando a utilização da menor dose possível para que se possa alcançar determinado resultado. Também serão apresentadas simulações de imagens com phantom antropomórficos para contextualização das demandas de qualidade de imagens e de proteção radiológica.

Palestrantes

Renato Dimenstein é físico especialista em Radiodiagnóstico (ABFM) e Supervisor Proteção Radiológica (CNEN). Ocupou a presidência da Associação Brasileira de Física Médica (20/21), e é o representante brasileiro junto a IOMP e da ALFIM. Atualmente participa como revisor científico dos congressos do RSNA e ICMP. Participou do curso promovido pela AIEA que ocorreu na Costa Rica.

Maria de Fátima Magon é física, doutora pela USP e responsável técnica e gerente de operações e do sistema da qualidade na Sapra Landauer.

Garanta já sua inscrição, porém as vagas são limitadas.

A importância da troca de monitores individuais

 

Você sabe qual é o prazo correto para troca dos monitores para a Sapra Landauer? Confira todos os detalhes para que o processo ocorra corretamente.

O atraso na devolução dos monitores pode até parecer algo inofensivo, mas acaba comprometendo todo o processo de envio, recebimento das remessas seguintes e, consequentemente, os relatórios.

Neste artigo você vai ver os requisitos básicos de proteção radiológica, os problemas decorrentes do atraso na devolução dos monitores e o que isso pode acarretar para a sua empresa.

Proteção radiológica

Os requisitos básicos de proteção radiológica dos indivíduos ocupacionalmente expostos à radiação ionizante, estabelecidos na Norma CNEN NN 3.01, determinam a utilização de monitores individuais de proteção radiológica de tórax, anel ou pulseira, conforme a atividade exercida.

O objetivo é preservar a saúde de trabalhadores e minimizar os riscos derivados do uso de radiações ionizantes. Contudo, há detalhes que devem ser observados.

No Brasil, a periodicidade da dosimetria individual externa é mensal, conforme a regulamentação vigente. Assim, os dispositivos de monitoração devem ser trocados a cada 30 dias. Os monitores devem, necessariamente, ser devolvidos para análise da Sapra Landauer que, então, encaminhará nova remessa de dosímetros.

O processo de troca dos monitores

O contrato com a Sapra Landauer estabelece que o uso do monitor deve ter início no dia 1º ou 16 de cada mês, e deve ter duração de 30 dias. Só é possível encaminhar novos monitores, após o recebimento da remessa já utilizada.

A Sapra Landauer envia uma nova remessa de monitores às empresas mês a mês, de modo que eles sejam entregues antes do final do período de uso. Isso porque a devolução dos monitores deve ser feita após a troca e o colaborador não pode trabalhar sem o dosímetro individual.

Até aí, tudo bem. O ponto chave é que as empresas precisam fazer a devolução imediatamente ou em, no máximo, até 3 dias após a troca dos monitores. Um atraso de poucos dias em um único mês prejudica todo o processo de envio/recebimento de monitores.

Veja como funciona:

Cerca de 2 dias antes de completar o período de uso da remessa azul, por exemplo, a empresa recebe a remessa verde de monitores, para uso no mês seguinte. Após efetuada a troca das remessas, a devolução dos dosímetros que estavam em uso deve ser feita em até 3 dias.

Ao receber a remessa, a Sapra Landauer faz a leitura, a análise das doses e a emissão do relatório de doses. Na sequência, o processo de envio da próxima remessa é iniciado.

Se considerarmos que os Correios podem levar até 10 dias para fazer a entrega, os monitores da nova remessa devem sair da Sapra, no máximo, 10 dias antes da data de troca. Com isso, o período que sobra para todo o trabalho que deve ser realizado pela Sapra é justíssimo.

Por isso é tão importante fazer a devolução dos monitores três dias após a troca da remessa. Desta forma, o processo de troca de monitores é realizado sem intercorrências.

O problema do atraso

Um atraso na devolução dos monitores, por menor que seja, vai gerar um acúmulo de toda a demanda, comprometendo o prazo das próximas remessas.

Numa comparação simples, é como em uma conta bancária que entrou no vermelho. No mês seguinte, a sua receita já não será mais suficiente para cobrir os custos do mês, porque terá que suprir o valor que estava negativo. E mês a mês esse rombo aumenta.

Com os monitores, a situação é parecida. A devolução tardia compromete os processos de leitura e produção de relatórios realizados pela Sapra e prejudica a aferição de doses e proteção radiológica das pessoas monitoradas.

Entenda o que ocorre se houver atraso:

  • Vamos supor que o cliente demore 10 dias para fazer a devolução e poste os monitores no dia 10 daquele mês;
  • A Sapra receberá os monitores entre os dias 17 e 20 do mesmo mês;
  • Contudo, a Sapra teria que postar a nova remessa dos monitores, no máximo, 10 dias antes da data de início de uso, quando a troca deve ser realizada.

Ou seja, não há tempo suficiente para que a Sapra cumpra todos os procedimentos – recebimento, leitura, análise e emissão do relatório – necessários para o próximo envio.
Assim, se a devolução de monitores já utilizados demorar para ocorrer, todo o processo sofrerá atraso. Com isso, a troca de monitores, que deveria ser realizada em 30 dias, pode ser prejudicada.

Riscos iminentes

O envio tardio em um único mês gera um encavalamento do processo nos meses seguintes. O atraso igual ou superior a 90 dias resulta em LI – Leitura Impossível.

Nesses casos, apesar de a Sapra realizar a leitura e análise de todos os monitores recebidos (independentemente do período de uso), não poderá emitir o relatório indicando os valores de dose, mas sim de acordo com a legislação vigente, a dose será indicada como LI.

Em resumo, pequenos atrasos geram grandes problemas. Por isso a Sapra Landauer recomenda insistentemente que seja feita a troca regular dos monitores imediatamente após o recebimento da nova remessa ou em, no máximo, 3 dias.

Para tirar suas dúvidas sobre esse assunto, clique aqui e entre em contato conosco.

Onboarding: o primeiro passo para o sucesso do serviço de monitoração individual na sua instituição

Quer saber mais sobre como a Sapra pode te ajudar no dia-a-dia? Então participe do webinar “Onboarding: o primeiro passo para o sucesso do serviço de monitoração individual na sua instituição”.

O evento será online, no próximo dia 5 de outubro, quinta-feira, às 15 horas. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por meio deste site. Garanta já sua inscrição: as vagas são limitadas.

Aproveite a oportunidade para conhecer e/ou atualizar seus conhecimentos referentes ao funcionamento dos serviços de monitoração individual da Sapra Landauer.

Durante 1 hora, você terá uma imersão nos serviços da Sapra e irá aprender como aproveitar ao máximo as funcionalidades e soluções oferecidas.

Uma das novidades do webinar é a possibilidade de encaminhar dúvidas sobre o tema antes do evento. Os interessados devem escrever para webinar@sapra.com.br.

Palestrantes

Anna Paula Silbermann – Gerente de Atendimento ao Cliente
Bianca Buonadio – Onboarding

Inscreva-se

 

Você sabe, mesmo, como funciona o monitor padrão? Confira!

Usado no serviços de monitoração individual, o monitor padrão é muito importante para o cálculo das doses dos indivíduos ocupacionalmente expostos (IOEs). Ele é enviado junto com cada remessa de monitores individuais e serve para registrar exposições a radiação ionizante ocorridas fora do ambiente de trabalho e que, portanto, devem ser utilizadas para o cálculo de doses a que os indivíduos estão efetivamente expostos em seu ambiente de trabalho. Para saber mais, assista o vídeo abaixo e acesse este post na seção da FAQ da Sapra Landauer.

 

Ganhe tempo com o Gerenciador de Proteção Radiológica

Desenvolvido pela Sapra Landauer, o GPR – Gerenciador de Proteção Radiológica já nasceu com uma missão muito importante: otimizar o trabalho de profissionais responsáveis pela área de proteção radiológica.

Por meio do GPR é possível consultar e baixar relatórios de doses mensais e acumuladas com assinatura digital, além de relatórios por usuário, por grupo de usuários por setor e por instituições afiliadas. Efetuar alterações, inclusões e exclusões de usuários e transferências entre instituições afiliadas.

E entre as diversas funcionalidades do Gerenciador de Proteção Radiológica (GPR), tem uma que se destaca por sua importância pela agilidade que confere a todo o processo: a realização do controle de recebimento e devolução dos monitores.

Ao utilizar esse sistema, que é totalmente online, o responsável pela proteção radiológica ganha tempo e clareza sobre todo o contexto de sua instituição.

Não é à toa que o número de acessos ao sistema tem aumentado drasticamente: de 1,5 milhão em 2018, saltou para 2,7 milhões em 2020. Isso porque ele realmente facilita a vida de quem tem que controlar o uso dos monitores, que pode desenvolver o trabalho com mais rapidez, garantindo a segurança dos colaboradores e de todo o processo.

O controle interno do recebimento e da devolução dos monitores é uma ferramenta do GPR intuitiva e de fácil utilização. Ela permite o lançamento e a visualização dos monitores – tanto os recebidos, quanto os devolvidos (ou os que precisam ser devolvidos e não foram).

Daí a importância de conhecer bem o sistema e se manter em dia com a remessa. O atraso na devolução dos monitores compromete todo o processo de envio e recebimento das remessas seguintes.

Com o GPR, é possível controlar e registrar em sua instituição o recebimento e a devolução dos monitores de forma ágil e segura, dispensando o uso de papéis ou outros tipos de controle, pois todas as informações podem ser registradas pela instituição.

O controle de recebimento e devolução dos monitores é explicado em um vídeo de apenas 10 minutos, onde o profissional terá detalhes da ferramenta e fica sabendo exatamente como proceder. O responsável pelo setor poderá ver como utilizar o sistema manualmente ou através de um leitor óptico.

Como utilizar o GPR

Para aprender a utilizar Gerenciador de Proteção Radiológica, a Sapra Landauer oferece treinamentos, webinars e tem tutoriais com o passo a passo de como funciona todo o sistema.

Os tutoriais estão disponíveis em vários módulos e é preciso ter acesso ao GPR para assistí-los. Quem não tem acesso, basta solicitar para a Sapra Landauer.

Outra forma de aprender sobre o GPR é por meio do treinamento online e gratuito, voltado para toda instituição parceira da Sapra Landauer. O treinamento é realizado em um Ambiente Virtual de Aprendizagem da Sapra, basta entrar em contato com a Sapra, solicitar sua inscrição gratuita. Ao concluir o curso, o profissional receberá um certificado.

Já em conformidade com a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, o GPR preserva os dados recebidos e os aspectos como privacidade, segurança, confiabilidade, confidencialidade e ética, previstos na Lei 13.709/2018.

Se você ainda não tem acesso ao GPR, clique aqui e faça o seu cadastro. Para mais detalhes sobre treinamentos entre em contato conosco pelo telefone 08000 553567, e-mail treinamentos@sapra.com.br ou pelo site www.sapralandauer.com.br.

Não perca tempo! Comece a usar o GPR agora. Fale com a Sapra.

‘Conhecimento é um dos principais pilares quando se fala em energia nuclear’, diz física Silvia Velasques

 

Sapra Landauer entrevistou pesquisadora e autora de livros para celebrar o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, comemorado em 08 de Julho.

Quando o assunto é energia nuclear, o conhecimento é um dos principais pilares para combater a falta de informação e evitar o medo. A afirmação é da física, professora e pesquisadora Silvia Velasques, uma das cientistas mais importantes na pesquisa sobre energia nuclear. Coautora do livro Aplicações da Energia Nuclear na Saúde, Silvia escreveu a obra quando percebeu que havia pouca bibliografia sobre o assunto. Atualmente, está finalizando os livros Aplicações da energia nuclear em pesquisas e Materiais radioativos, aplicações e legislação.

“Nossa proposta é que o primeiro livro seja usado no ensino médio, abordando os termos, definições e aplicações da energia nuclear da maneira mais clara possível, sem cometer erros técnicos”, afirmou Silvia.

Interessada e atuante na área de educação, acompanhou as discussões e a promulgação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na área de Ciências da Natureza (Física, Química e Biologia), o assunto da energia nuclear foi inserido no sistema educacional pela primeira vez em 2017. A BNCC foi aprovada em sua terceira versão.

Na primeira versão, no 9º ano do ensino fundamental, o primeiro tópico dos professores sobre energia nuclear era bomba atômica. Eu me revoltei e me reuni com um grupo de professores da SBBN para formular um documento explicando porquê este tópico deveria ser retirado da grade. E tiraram – a versão atual não tem bomba atômica. Foi ali que comecei a me envolver mais com as abordagens sobre energia nuclear para estudantes”, contou Silvia, que escreveu o livro junto com a professora da UFMG Regina Pinto de Carvalho.

A ideia nasceu após a promulgação da BNCC, quando Silvia fez uma pesquisa extensa em bibliotecas escolares de universidades e livrarias e não encontrou nenhum material didático em português que pudesse ser utilizado pelos professores sobre o tema da energia nuclear. Por isso, lançou e dedicou o livro Aplicações da Energia Nuclear na Saúde a estudantes e professores do ensino médio.

Regina Carvalho e Silvia Velasques com Helena Nader (no centro), no lançamento do livro Aplicações da Energia Nuclear na Saúde, em 2017 – crédito: arquivo pessoal/Silvia Velasques

A publicação em língua portuguesa ocorreu por meio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e foi traduzida para o inglês com o suporte da International Atomic Energy Agency (IAEA), com apoio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Sociedade SBBN e SBF. O download gratuito do livro está disponível nos sites da SBPC e da SBF.

Em setembro de 2023, Silvia promoverá um curso de 40 horas no Instituto de Engenharia Nuclear, com a temática de Biossegurança e Radioproteção em laboratórios de pesquisas, com público focal em pesquisadores e estudantes de pós-graduação.

Em entrevista ao blog da Sapra Landauer, Silvia relembrou sua trajetória pessoal, profissional e falou sobre os desafios de trabalhar com energia nuclear no Brasil.

Trajetória

Valente, Silvia Velasques sempre enfrentou as dificuldades com cabeça erguida. “Minha vida sempre foi um abacaxi, mas sempre consegui descascá-lo”, brincou ela, que nunca teve medo dos espinhos – e nem das críticas. “Se você ficar 100% do tempo só batendo palmas, você não avança. A crítica leva ao aperfeiçoamento”, afirmou.

Nascida em 1954 em Jaguarão (RS), município fronteiriço com o Uruguai, teve a vida orientada pela educação, sendo sempre a melhor aluna da escola. Desde os 14 anos, dava aula de matemática e vendia enciclopédias para seus colegas. Aos 15, pediu ao seu pai para mudar-se para Porto Alegre, já com o intuito de estudar na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

“A profissão foi minha liberdade”, afirmou Silvia. Filha de um funcionário do alto escalão do Banco do Brasil, foi a primeira pessoa da família a ter um diploma de graduação: formou-se em Matemática pela UFRGS e, aos 21 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se graduou em Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Na academia, é doutora em Biociências Nucleares pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e se especializou em Controle de Fontes de Radiação pela Argonne National Laboratory, na Chicago University e em Dosimetria Interna na ICTP em Trieste, na Itália.

Especialização em Energia Nuclear

De 1981 e 1986, Silvia trabalhou na iniciativa privada e se especializou em treinamentos para aplicações da energia nuclear na área de radiografia industrial. Em 1986, ingressou como pesquisadora na (CNEN), onde se aposentou em 2013. Na instituição, coordenou a área de licenciamentos de instalações industriais e fiscalização de instalações médicas, industriais e de pesquisas. Na área da energia nuclear, participou da elaboração e revisão de regulamentações técnicas e normas da CNEN e ANVISA.

Silvia Velasques e José de Júlio Rozental, em frente ao Monumento da Energia Nuclear, na Universidade de Chicago, em 1989 – Arquivo pessoal/Silvia Velasques

 

Foi na CNEN que Silvia teve contato com alguns dos maiores nomes do universo da física e da Energia Nuclear nacional e internacional. Mentor de Silvia, José de Júlio Rozental (1933-2010) foi um dos físicos mais importantes da história da Comissão Nacional de Energia Nuclear, renomado pelo trabalho de descontaminação das áreas atingidas pelo acidente com o césio-137 em Goiânia (GO), em 1987.

Grande amigo de Sérgio Mascarenhas, José de Júlio Rozental fez parte da criação da Sapra Landauer, como bem lembrou Silvia. “A Sapra ocupa um lugar na minha história porque eu estava lá, na sala onde Sérgio Mascarenhas e Júlio Rozental falaram sobre o embrião da empresa”.

Grande defensora da interdisciplinaridade e do acesso à informação, Silvia lembra de Sérgio Mascarenhas com carinho e admiração. “Ele foi um pioneiro na academia, abriu muitos caminhos para quem veio depois. Ele quebrou essa ideia de ‘ou você é cientista ou é empreendedor”, comentou.

Os desafios da área nuclear no Brasil

Quando questionada sobre os desafios em relação à atuação dos pesquisadores e profissionais que trabalham com energia nuclear, Silvia afirmou que o Brasil não tem problemas do ponto de vista operacional, de quem trabalha e de quem fiscaliza as operações da energia nuclear.

“O Brasil é um dos países mais respeitados na área de segurança radiológica e nuclear do mundo. Tem recursos, bons profissionais que participam de muitos eventos na Agência Internacional de Energia Atômica, então estão sempre muito atualizados”, afirma.

Para ela, a maior dificuldade é a falta de informação e de conhecimento sobre o assunto, já que as pessoas em geral não têm ideia das aplicações da energia nuclear no dia a dia. Nesse sentido, a pesquisadora defende que o conhecimento é um dos principais pilares para combater a falta de informação e evitar o medo.

Na área da energia nuclear, Silvia reforça que o treinamento é fundamental para garantir a segurança. “As pessoas mudam, as tecnologias mudam e os sistemas de controle se adaptam, portanto, é tudo muito dinâmico. O treinamento também deve ser”, ressalta.

A importância das Sociedades Científicas no Brasil

Durante 9 anos, de 2013 a 2022, Silvia atuou como Presidente da Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares (SBBN). “Quando ficamos sem um centavo para pagar os alunos, manter os laboratórios e montar novos, fazer congressos, entre outras coisas, percebemos que precisávamos correr atrás de dinheiro. Neste momento, as sociedades científicas se uniram com esta bandeira. Foi uma época em que tive o prazer e o orgulho de trabalhar muito”, contou a pesquisadora.

Dados da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SPBC) mostram que a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) perderam aproximadamente 51% da verba para financiar pesquisas nos últimos dez anos.

“Quando a ciência brasileira passou por dificuldades nos últimos anos, principalmente de financiamento, as sociedades científicas se envolveram muito na liberação de recursos, buscando o aumento das bolsas. As sociedades, embora os perfis dos associados e os estatutos não mudem, se adaptam às necessidades de cada momento”, afirmou Silvia que, entre 2015 e 2016, trabalhou em prol da aprovação da lei do Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Silvia com presidentes de sociedades científicas no Palácio do Planalto, evento de assinatura
do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, em 2016 – Arquivo pessoal/Silvia Velasques

Em 2023, as sociedades se juntaram para pressionar pela liberação de um projeto de lei que abre crédito suplementar para o orçamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para financiar projetos, fazendo com que o recurso do fundo suba para R$ 9,6 bilhões/ano.

Atualmente, Silvia faz parte de seis sociedades nacionais – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Sociedade Brasileira de Física (SBF), Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares (SBBN), Sociedade Brasileira de Proteção Radiológica (SBPR), Associação Brasileira de Física Médica (ABFM) e Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), e duas internacionais – American Association for Advance of Sciences (AAAS) e European Association of Nuclear Medicine (EANM).

Para a pesquisadora, a SBPC é importante, pois tem uma visão ampla sobre as possibilidades das ciências no Brasil, mas também está inteirada nos problemas da sociedade brasileira, participando das políticas públicas utilizando a ciência.

“É importante que as sociedades científicas participem da SBPC para discutir os problemas brasileiros, as prioridades, as políticas públicas com uma visão crítica e de conjunto, sabendo como podem colaborar. Tive o prazer e o orgulho de levar a SBBN para dentro da SBPC, e lá dentro participar de um momento sofrido, mas importante, onde os cientistas dispuseram de grande parte de seu tempo para trabalhar em um assunto que não era de seus campos de atuação”, relembrou Silvia sobre as lutas para obter financiamento para as pesquisas.

Sapra Landauer participa do XXVII Congresso Brasileiro de Física Médica

Sapra Landauer participa do Congresso Brasileiro de Física Médica, maior evento do setor no Brasil

A Sapra Landauer esteve presente no XXVII Congresso Brasileiro de Física Médica – CBFM 2023, realizado entre os dias 12 e 15 de junho, em São Pedro/SP. Além de um estande, a física e diretora presidente da empresa, Yvone Maria Mascarenhas, ministrou uma palestra sobre “Dosimetria ocupacional – desafios e possibilidades futuras”.

O CBFM é considerado o principal evento do setor de Física Médica no Brasil e contou com a presença de cerca de 700 pessoas. Organizado pela ABFM (Associação Brasileira de Física Médica), o Congresso reuniu físicos, médicos, pesquisadores, profissionais e estudantes para discutir temas científicos, tecnológicos e práticos relacionados à atuação profissional.

A Sapra Landauer esteve presente divulgando a tecnologia OSL para serviços de monitoração individual, o microStar II, equipamento utilizado para medidas de doses em radioterapia e diagnóstico por imagens, entre outros, e o sistema Raysafe i3 de dosimetria em tempo real, voltado para medida de doses dos profissionais que trabalham em salas de intervencionismo. “Apresentamos nossos serviços e tecnologias, tivemos contato com nossos clientes e intensa troca de conhecimento. Eventos como esses são importantes para o fortalecimento da cultura da proteção radiológica no país”, afirmou Paulo Mascarenhas, físico e diretor da Sapra Landauer.

Sapra Landauer realiza webinar sobre “Tecnologia OSL e seus benefícios”

A Sapra Landauer realiza no dia 06 de junho, o Webinar “Tecnologia OSL e seus benefícios”. O evento será online e terá a participação das físicas as doutoras Yvone Maria Mascarenhas, diretora-presidente da Sapra Landauer, e Maria de Fátima Magon, física, responsável técnica e gerente de operações e do sistema da qualidade na Sapra Landauer.

Sobre as palestrantes:

Yvone Maria Mascarenhas é graduada em Física pela USP, tem mestrado, doutorado e pós-doutorado pelo Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC) da USP, com pesquisas sobre radiologia e dosimetria. Atuou como coordenadora de projetos de pesquisa financiados por agências como CNPq e FAPESP e tem ampla experiência na área de Física, atuando principalmente em proteção radiológica, produção de raios-x, radiodiagnóstico, algebraic model e dosimetria.

Maria de Fátima Magon é física, doutora pela USP e responsável técnica e gerente de operações e do sistema da qualidade na Sapra Landauer.

 

Programa de Qualidade da Mamografia avalia desempenho dos serviços de imagem

Criado pelo INCA, PNQM é baseado em critérios técnicos para garantir resultados precisos
Precisão é importante já que 90% dos exames são feitos quando a mulher não tem sintomas

O Programa Nacional de Qualidade em Mamografia (PNQM), criado pelo Ministério da Saúde, atribui ao Instituto Nacional do Câncer (INCA), a avaliação da qualidade dos exames, visa avaliar o desempenho dos serviços de imagens oferecidos à população. O objetivo é garantir que os resultados sejam precisos e confiáveis, já que cerca de 90% dos exames são feitos quando a mulher não tem sintomas.

Segundo a Física especializada em Radiodiagnósticos Sonia Maria da Silva, Tecnologista responsável pelo gerenciamento dos processos de qualidade de mamografia do INCA, o programa é baseado em critérios técnicos referentes à qualidade da estrutura do processo, dos resultados e da dose de radiação, além da imagem clínica e do laudo.

“O PNQM é composto por ações coordenadas que têm como referência as normas vigentes, visando garantir a qualidade final da mamografia. Além disso, o programa tem a característica de ser contínuo. As avaliações são periódicas para identificar necessidades de correção e aperfeiçoamento do processo”, afirma a tecnologista que também é coordenadora do curso “Atualização em Mamografia para Técnicos  e Tecnólogos em Radiologia” (nível Nacional) e de produção de material pedagógico (Brasil e América Latina) – INCA/MS.

Uma mamografia de qualidade não se resume apenas em ter uma ótima imagem, a preocupação com a segurança em relação à radiação, que deve ser usada de forma controlada, deve ser levada em conta no momento da realização do exame. “No programa avaliamos o equilíbrio entre a qualidade da imagem e a dose de radiação empregada nos exames, além disso avaliamos a atuação dos profissionais com relação ao posicionamento dessa mama e a interpretação das imagens geradas”, comenta a Tecnologista.

A precisão no resultado do exame se faz necessária já que a mamografia ajuda no rastreamento do câncer, como explica Sonia. “Cerca de 90% dos exames são realizados em mulheres que não têm sintomas da doença, visando identificar sinais radiológicos sugestivos da doença para encaminhamento da confirmação diagnóstica”. A identificação de alterações favorece um diagnóstico precoce, possibilitando um tratamento mais rápido, assertivo e e menos mutilante.

Processo de avaliação

No Programa de Qualidade em Mamografia o processo de avaliação é realizado em duas fases: na primeira é avaliado o desempenho do mamógrafo, onde os técnicos examinam a dose de radiação usada e a qualidade da imagem do simulador de mama.

“A avaliação é feita por via postal. Enviamos um kit contendo um bloco de acrílico, um dosímetro e as instruções de como esse material deve ser exposto no simulador radiográfico de mama. Quando recebemos esse material de volta, fazemos a leitura desse dosímetro em nosso laboratório para conhecermos a dose de radiação empregada naquela exposição e a qualidade da imagem do simulador de mama em conjunto com a exposição”.

Sonia ainda explica que a segunda fase consiste em analisar as imagens clínicas geradas e o laudo. “Solicitamos que o laboratório nos encaminhe uma amostra de cinco exames acompanhada dos laudos. Nesse momento fazemos a observação dos profissionais com relação ao posicionamento da mama, critérios anatômicos, como por exemplo se é possível identificar os vasos , diferenciar tecidos e critérios físicos como presença de ruídos, entre outros  e se tem algum artefato e, por fim, a análise do laudo feito por esses profissionais. É importante ressaltar que esses exames são avaliados por uma comissão de especialistas do INCA e do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR)”.

Em 30% das avaliações são encontradas algum tipo de não conformidade, e a tecnologista conta que elas são as mais variadas. “Na primeira fase as mais comuns são com relação à dose de radiação empregada e a qualidade da imagem do simulador. Nesses casos, quando detectada alguma não conformidade, orientamos o laboratório a fazer o ajuste no equipamento. Já na segunda fase, logo no início do programa, encontramos muito problema na qualidade das imagens imagens relativas a primeira fase de avaliação. Com o avanço do programa, as ações sendo realizadas, percebemos que esse problema foi sendo superado e hoje é menos frequente. Outras não conformidades foram aparecendo e hoje, cerca de 20% são em relação ao posicionamento da mama e à confecção do laudo”.

Quando um serviço apresenta uma não conformidade, os especialistas fazem recomendações de ajustes para que o exame tenha a qualidade necessária. “A natureza do nosso programa é educativa e não punir, sendo essa uma responsabilidade fiscal. Por isso, quando o serviço faz o que foi recomendado, uma nova amostra é colhida e enviada para ser reavaliada, e isso pode ser feito diversas vezes, até que o serviço esteja de acordo com as normas”, explica Sonia.

Parcerias fundamentais
O programa conta com duas importantes parcerias: o Colégio Brasileiro de Radiologia e as Vigilâncias Sanitárias. “Cabe às vigilâncias cobrar dos serviços a participação no programa e acompanhar se as melhorias sugeridas estão sendo aplicadas”.

Existem hoje no Brasil 5.500 serviços de mamografia. O PQM já avaliou cerca de 1.389, dentre os quais, 942 estão finalizados e aprovados, 225 estão em avaliação na primeira fase e 224 estão em fase de adequação para passar por uma nova avaliação. “Ainda temos um longo caminho a percorrer, acredito que uma meta satisfatória seria atendermos no programa 70% dos serviços. Dadas as diferenças regionais, sócio-culturais do país e também da independência de atuação das equipes de vigilância, observamos que nos municípios onde a vigilância sanitária é mais atuante, a adesão do serviço é maior e, por consequência, a qualidade do exame realizado é melhor”.

A participação no programa é feita através da parceria com as vigilâncias sanitárias, mas o próprio serviço pode acessar a página do INCA (www.inca.gov.br) e participar voluntariamente do PQM.

Cursos de atualização

Para ajudar os serviços no momento das correções de não conformidade, o PQM estruturou cursos de atualização para técnicos e tecnólogos, que são oferecidos gratuitamente de forma on-line, três vezes ao ano e para todos os profissionais do Brasil. Sonia conta que alguns serviços preferem contratar outros cursos de aperfeiçoamento. “Isso acontece porque no caso do nosso curso passamos toda a parte teórica, mas por ser à distância fica uma lacuna com relação à parte prática. Nos casos em que a não conformidade é com relação ao laudo e interpretação diagnóstica, o CBR disponibiliza treinamento através do módulo Bi-Rads, também gratuito e à distância”.

Além dos cursos, o PQM oferece palestras em congressos e elabora materiais que são distribuídos nos serviços. “Com essas ações temos percebido uma importante melhora na qualidade dos exames realizados, o que minimiza as chances de erro de diagnóstico. Identificar os casos suspeitos de câncer de mama em tempo oportuno faz com que o tratamento seja menos mutilante, com maior chance de sobrevivência. Além do impacto epidemiológico, ressaltamos também o impacto social e econômico, porque quanto mais simples o tratamento, menor é o custo para o estado”, finaliza Sonia.

 

Atualização cadastral na proteção radiológica: uma questão de segurança

Quando se fala em proteção radiológica inúmeras questões devem ser observadas e cumpridas para garantir a efetiva segurança dos profissionais que são Indivíduos Ocupacionalmente Expostos (IOEs).

Um detalhe muito importante, que muitas vezes passa despercebido é a atualização dos dados da instituição, dos nomes do responsável pela proteção radiológica e do responsável pelo envio e recebimento.

A Sapra Landauer não tem conhecimento se houve trocas de dados da instituição ou dos responsáveis, se não for devidamente informada.

A atualização do cadastro da instituição tais como: endereço para correspondência, telefones diretos e e-mails dos setores que participam do processo de monitoração individual.

A identificação dos responsáveis, telefones diretos e e-mails é uma maneira de zelar pelos colaboradores. Isso se deve ao fato de que estes responsáveis nas instituições, cadastrados no sistema Sapra Landauer são as pessoas que fazem o contato direto com a Sapra. O responsável pela Proteção Radiológica é o contato para questões de proteção radiológica e o responsável pelo envio e recebimento dos monitores para solucionar questões deste processo.

“O responsável pela proteção radiológica (e seu substituto) é aquele que responde pela proteção radiológica dos IOEs. Quando há uma dose elevada, a comunicação é feita para esse responsável cadastrado, via e-mail e por carta registrada”, explica a Dra. Maria de Fátima Magon, responsável técnica e gerente de operações e do sistema da qualidade na Sapra Landauer.

O responsável pela proteção radiológica é quem deve zelar pelos indivíduos ocupacionalmente expostos sob sua responsabilidade e pelos procedimentos com radiação, ou seja, é quem deve estar atento para que todo o processo de registro e controle das doses dos IOEs, assim como, a troca de monitores ocorra corretamente.

Comunicações para a Sapra de ocorrência com monitores e/ou acidentes de IOEs com radiação sempre são realizadas com o conhecimento deste profissional. Física e Doutora pela USP, Maria de Fátima ressalta que apenas a partir desta comunicação, o responsável poderá tomar as devidas providências em termos de proteção radiológica, para controle das doses dos IOEs sob sua responsabilidade. Daí a importância de manter esse cadastro sempre atualizado.

O responsável pelo envio e recebimento é quem: recebe e envia os monitores, recebe os relatórios de dose impressos, realiza exclusões e inclusões de usuários, notifica o não recebimento das remessas e/ou de extravio, comunica troca de endereço para envio, comunica a não utilização de monitores por férias, etc. Este profissional tem que ter o conhecimento sobre o processo de monitoração e é quem tem contato direto sobre estas questões, sendo importante que caso haja alteração que a Sapra seja comunicada.

“Ou seja, manter atualizados os dados e nomes desses responsáveis de sua empresa é essencial para que as comunicações e informações sobre os serviços da Sapra sejam trocadas com as pessoas corretas, no tempo certo e nas situações necessárias.”, ressalta Maria de Fátima.

Como comunicar uma alteração cadastral

Se houver qualquer alteração de endereço ou de dados dos responsáveis na instituição é fundamental notificar a Sapra Landauer imediatamente para evitar extravio ou atraso no envio dos monitores, a fim de cumprir a exigência de periodicidade mensal, tomar as devidas providência quanto a atrasos ou extravios de remessas de monitores, e principalmente para que a comunicação de doses elevadas seja direcionada para o responsável atualizado pela proteção radiológica. Só assim ele poderá tomar as devidas e prontas providências.

Para realizar a atualização dos dados cadastrais, acesse a ficha de atualização, e sempre que necessário preencha e encaminhe por e-mail para o cadastro@sapra.com.br ou através do GPR online.