Gerenciador de Proteção Radiológica (GPR)

O Gerenciador de Proteção Radiológica (GPR) é um sistema concebido sob medida pela Sapra Landauer para otimizar o trabalho de profissionais responsáveis pela área de proteção radiológica de nossos clientes.

O GPR 

O sistema do GPR é acessado de forma online e é disponibilizado gratuitamente para todos os clientes. 

Por meio do sistema é possível consultar relatórios de doses individuais, mensais e anuais, verificar as doses dos usuários, consultar o envio e recebimento dos monitores, identificar os monitores não devolvidos, efetuar inclusões, exclusões e transferências de usuários, entre instituições afiliadas, consultas de cadastro de usuários e instituições, conforme os padrões da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear).

Atualmente, os módulos mais usadas pelos clientes são:

1 – GPR (página principal) 

2 – Relatório Mensal de Doses

3 – Histórico de Dose Individual

4 – Doses anuais

5 – Envio e recebimento dos monitores

6 – Controle de recebimento e devolução dos monitores

7 – Gerenciamento de usuários

8 – Dose acumulada

9 – Relatório de usuários com Doses

Que tal conhecer as funcionalidades e os usos do sistema de gerenciamento de proteção radiológica oferecido pela Sapra Landauer?

Solicitação  de acesso ao GPR

O Gerenciador de Proteção Radiológica (GPR) é um sistema online que permite o gerenciamento e a consulta de dados com opções de consultas imediatas e com atualizações diárias.

Você sabe como solicitar a chave de acesso ao Gerenciador de Proteção Radiológica? Confira o passo a passo abaixo para obter sua chave de acesso:

  1. Acesse o sistema do Gerenciador de Proteção Radiológica Online (GPR);
  2. Clique no campo “clique aqui para solicitar a chave de acesso“;
  3. Preencha todos os campos solicitados no formulário e clique em salvar.

Atenção

O acesso ao GPR Online é disponibilizado apenas para o titular ou responsável legal, responsável por proteção radiológica e por envio e recebimentos dos monitores, identificados na contratação do serviço junto à Sapra Landauer.

Caso o solicitante da chave de acesso não seja o indicado no contrato de prestação do serviço, é necessário que após o preenchimento do formulário de solicitação, o responsável legal ou pela proteção radiológica assine e envie o termo referente ao tipo de acesso — que está disponível no formulário de solicitação – para o e-mail gpr@sapra.com.br.

A diferença entre os perfis de acesso ao GPR

O responsável legal ou responsável pela proteção radiológica possui acesso a todas as funções do sistema, tais como, consultar relatórios de coleta de dose, históricos de dose individual, relatórios de doses acumuladas, relatórios de doses anuais, usuários com doses, envio e recebimento de monitores, exportar dados de doses, funcionalidade de controle interno de recebimento e devolução dos monitores, monitores não devolvidos, gerenciador de usuários para efetuar inclusões e exclusões ou reativações e transferências.

Já o responsável pelo envio e recebimento dos monitores tem um acesso mais restrito, que engloba consulta de envio e recebimento de monitores, monitores não devolvidos, gerenciador de usuários para realizar inclusões e exclusões ou reativações e transferências.

 Acessando o sistema GPR

Caso já possua sua chave de acesso, basta seguir o passo a passo abaixo para acessar o sistema GPR:

  1. Acesse o sistema do Gerenciador de Proteção Radiológica Online (GPR);
  2. Informe o seu login e a senha (definidos no formulário de solicitação de acesso ao GPR);
  3. Clique em “Não sou um robô” e em seguida clique em entrar.

Saiba mais sobre o acesso ao sistema no vídeo abaixo:

Este vídeo é integrante do Treinamento sobre uso do GPR, disponível por meio do Sapra Treinamentos, o ambiente virtual de aprendizagem e treinamento da Sapra Landauer e da Central de ajuda do GPR.  Para saber mais sobre o GPR, fale conosco pelo telefone – 08000-55-3567 ou pelo e-mail gpr@sapra.com.br.

Monitoramento em linha de luz no Sirius viabiliza avaliação de processo inflamatório em animais


Uma pesquisa realizada no Sirius, em Campinas (SP), promoveu o monitoramento das doses de radiação emitidas em uma das linhas de luz, mostrando que, com alguns cuidados, seria possível a realização de imagens em animais sem causar danos de curto prazo à saúde deles. Coordenada pelo líder do Grupo de Proteção Radiológica do Sirius, Fernando Antonio Bacchim Neto, a pesquisa teve o apoio da Sapra Landauer, que disponibilizou os dosímetros InLight, capazes de medir radiação X, gama e beta utilizando a tecnologia OSL.

A linha de luz onde o experimento ocorreu é uma das diversas estações experimentais do Sirius, uma fonte de luz síncrotron de quarta geração, considerada uma das mais avançadas do mundo. Inaugurado em 2018 e batizado com o nome da estrela mais brilhante do céu noturno, o acelerador de partículas de 68 mil metros quadrados é a maior e mais complexa infraestrutura de pesquisa já construída no Brasil.

Operado pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), vinculado ao CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Sirius conta com feixes de raios X de alto brilho que permitem análises com resolução nanométrica, possibilitando avanços em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país, como agricultura, energia e saúde, que foi a área de atuação da pesquisa em parceria com a Sapra.

As linhas de luz permitem observar aspectos microscópicos de diferentes materiais, como os átomos e moléculas que os constituem, seus estados químicos e sua organização espacial, além de acompanhar a evolução no tempo de processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem em frações de segundo.

Novas possibilidades

Quando os pesquisadores do Sirius vislumbraram a possibilidade de analisar o processo e estruturas em um animal ou até de promover um tratamento através daquela linha de luz, se depararam com uma questão que precisava ser resolvida: “Tínhamos uma linha de luz extremamente eficaz, competitiva internacionalmente, mas não conhecíamos exatamente as doses que emitia, para conseguir concluir que seria possível colocar um animal ali sem causar nenhum processo ou alteração artificial. Então decidimos ‘dar um tiro de canhão’ nesse problema, fazendo uma abordagem bastante robusta, já no primeiro momento, com foco nos animais. E essa validação só foi possível com o uso dos dosímetros OSL da Sapra”, explicou Bacchim.

As doses de radiação sempre foram um impeditivo para esse tipo de iniciativa, pois eram muito altas. Com isso, obrigatoriamente, depois da imagem o animal tinha que ser sacrificado. O nível de controle que o Sirius garante na qualidade do feixe, contudo, pode ser comparado à tomografia. E foi exatamente o que fez acender uma luz na mente dos pesquisadores que começaram a estudar a possibilidade de colocar um animal ali de modo que ele saísse vivo, sem nenhum dano causado pelo procedimento.

A iniciativa já foi realizada em outros síncrotrons, mas é algo inédito no Brasil. “Os dosímetros foram ferramentas fundamentais para validar as nossas simulações computacionais. Foi um trabalho bem objetivo, que exigiu bastante atenção e muitas discussões”, comentou o físico médico.

Desafios e superações durante a pesquisa

O feixe naquela linha de luz era muito amplo em energia, um cenário que não é ideal para dosimetria, por ser considerado muito “poluído”, o que fez com que o experimento precisasse ser lapidado. “Discutimos muito o experimento em si, colocamos filtros na frente dos feixes para tentar tirar, ao menos, as energias mais baixas, e foi muito bom poder contar com a parceria ativa da Sapra também nessas discussões, avaliações e decisões”, afirmou Bacchim.

Para a diretora-presidente da Sapra Landauer, Drª Yvone Mascarenhas, que assina o artigo científico junto com os pesquisadores, o projeto foi de fundamental importância. “Somos movidos por desafios, conhecimento e parcerias, então, gostamos de explorar ideias, incorporando as mais avançadas tecnologias e identificando oportunidades diferenciadas para fornecer as soluções mais adequadas para os nossos parceiros. E esse foi um passo importante em direção à saúde, com foco no desenvolvimento da nossa sociedade”, destacou.

E como preconizou a física médica estadunidense Rosalyn Yalow, Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1977, “novas verdades se tornam evidentes quando novas ferramentas se tornam disponíveis”. A pesquisa científica realizada no Sirius apresentou resultados que possibilitaram insights para decisões futuras na linha de luz. “Pretendemos fazer mais medidas na linha e continuar essa abordagem robusta em parceria com a Sapra”, finalizou Bacchim.

Sirus recebe propostas de novas pesquisas

O Sirius está com uma chamada regular de propostas de pesquisas para as suas seis primeiras estações experimentais. As inscrições podem ser feitas até 15 de dezembro, aqui. Poderão submeter sua proposta pesquisadores interessados em realizar experimentos no Sirius

 

 

Pesquisa comprova que a utilização adequada de monitores está entre as melhores práticas de proteção radiológica

HC de Botucatu promove mudanças na proteção radiológica após pesquisa com apoio da Sapra Landauer

Uma pesquisa realizada no Centro Cirúrgico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu comprovou que a utilização adequada de monitores individuais está entre as melhores práticas para a proteção radiológica. Além disso, o estudo também apontou a necessidade de treinamento periódico dos profissionais que atuam com radiação ionizante.

O objetivo do trabalho, que se tornou o título do artigo científico, era justamente fazer uma “Avaliação da exposição à radiação ionizante em equipe multidisciplinar devido ao uso de equipamentos de fluoroscopia no centro cirúrgico”.
Coordenado pela professora Diana Rodrigues Pina, do Departamento de Doenças Tropicais e Diagnóstico por Imagem, o estudo contou com o apoio da Sapra Landauer, que forneceu os equipamentos de dosimetria OSL, fez a leitura e a emissão dos relatórios para análise.

Segundo o supervisor de proteção radiológica do HC de Botucatu, Allan Felipe Fattori Alves, o projeto nasceu de uma demanda do setor. “Temos o Núcleo de Proteção Radiológica e o Comitê de Proteção Radiológica, que é mais amplo e representado por diversos setores onde se debatem muitos assuntos. E em uma das reuniões, levantou-se essa questão”, relatou.

O uso da radiação ionizante no ambiente hospitalar é essencial em muitas modalidades diagnósticas e terapêuticas. O avanço na tecnologia dos equipamentos possibilita a melhoria na qualidade das imagens, no entanto, essa melhoria pode estar associada a níveis mais altos de radiação. Daí a necessidade de realizar a pesquisa, sempre com foco na proteção das equipes multiprofissionais, do público e do meio ambiente.

“Com a decisão de iniciar o trabalho, a professora Diana entrou em contato com a Sapra Landauer, que prontamente aceitou o convite para participar da pesquisa”, contou Allan.

Esta não foi a primeira vez que a empresa participou de um projeto com o grupo. “Alguns anos antes, nós utilizamos monitores da empresa em um projeto na Hemodinâmica. No Centro Cirúrgico foi bem diferente, porque lá tem uma dinâmica muito grande. Mas queríamos, justamente, identificar nessa gama de procedimentos, aqueles que tinham doses mensuráveis. Queríamos avaliar as condições de exposição à radiação de indivíduos ocupacionalmente expostos, para emprego de medidas de proteção radiológica”, explicou.
Cenário

Equipamentos emissores de radiação ionizante são utilizados em centros cirúrgicos para guiar procedimentos invasivos. A checagem dos equipamentos e do ambiente deve ocorrer constantemente, acompanhando a evolução tecnológica, justamente para evitar o aumento das doses de radiação na equipe.

Para realizar o trabalho, os pesquisadores utilizaram três equipamentos de fluoroscopia: arco cirúrgico, sistema dosimétrico com câmaras de ionização e dosímetros opticamente estimulados.

As avaliações foram realizadas em três partes: uma etapa observacional, uma segunda etapa de estimativas de taxa de kerma, simulando condições de exposição, e uma última etapa de dosimetria dos profissionais para estimativa de dose efetiva.

“Na 1ª etapa, avaliamos a presença dos residentes do setor, a exposição das pessoas na sala, utilização dos equipamentos, quem são os profissionais que precisam ficar ali, qual a distância que eles ficam etc. Na 2ª, utilizamos equipamentos que simulam o espalhamento da radiação na sala e fizemos um mapeamento da distribuição da radiação com base nesses procedimentos que julgamos ser mais críticos, como da neurologia, vascular, urologia e ortopedia. E, por fim, selecionamos 50 profissionais, entre médicos, residentes, enfermeiros, enfim, pessoas que estariam mais próximas, para serem acompanhadas durante quatro meses”, detalhou Allan.

Como os monitores têm que ser trocados e analisados a cada 30 dias, o grupo realizou 200 leituras. “O suporte científico e técnico da Sapra sempre foi muito bom, de muito boa qualidade. O interesse científico da empresa em fazer pesquisa e publicar os artigos nacionalmente também é muito interessante. Encontrar artigos recentes nessa área é raro, e em cinco anos o cenário muda bastante. A tecnologia dos equipamentos, as normativas, então é um campo a ser explorado. A parceria com eles sempre foi muito proveitosa”, ressaltou Allan.

Conclusões

Com o resultado, foi possível determinar os procedimentos mais frequentes e a disposição para cada membro da equipe avaliada. “Depois de concluída a pesquisa, fizemos algumas mudanças: promovemos um grande treinamento com os profissionais, em especial com aqueles que estariam nessas regiões mais críticas, e eles passaram a ser dosimetrados de maneira regular”, disse.

As taxas de doses e dose efetiva encontradas não são negligenciáveis, então, o grupo concluiu que a utilização adequada dos equipamentos e o treinamento periódico dos profissionais são as melhores alternativas para a proteção radiológica.

“A utilização adequada e consciente dos equipamentos, em condições adequadas de segurança, bem como a utilização adequada dos equipamentos de proteção individual (EPIs) garantem a proteção das equipes multiprofissionais, do público e do meio ambiente”, afirma o texto.

Além da professora Diana Pina e do físico médico Allan Alves, o artigo contou com a participação dos cientistas Caio Santiloni Cury, Raul Lopes Ruiz Jr, José Carlos de Souza Trindade Filho, Lucas Faconi Camargo, além da física e diretora-presidente da Sapra Landauer, Yvone Maria Mascarenhas, e da física, responsável técnica e gerente de operações e do sistema da qualidade na Sapra, Maria de Fátima Magon.

Busca por melhoria técnica levou Santa Casa de Porto Alegre a adotar dosimetria OSL

A dosimetria é adotada na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre há 30 anos, contudo, a equipe de proteção radiológica estava em busca de melhorias técnicas e se surpreendeu com os benefícios quando passou a utilizar a tecnologia OSL (Luminescência Opticamente Estimulada), fornecida pela Sapra Landauer.

Com 218 anos de história e uma trajetória de pioneirismo e credibilidade, a Santa Casa de Porto Alegre possui um olhar constante para o futuro, promovendo iniciativas de inovação, atuação tecnológica e geração de conhecimento. Atualmente, conta com 1.200 profissionais que utilizam o dosímetro, o que requer atenção redobrada e cautela nos processos que envolvem a dosimetria individual.

“A tecnologia OSL é mais sensível, isso é constatado em literatura, e vários colegas do setor já haviam demonstrado interesse em mudar nosso sistema de dosimetria”, explica Laura Derengoski Morás, física médica do setor de Segurança do Trabalho. “Mensalmente fazemos uma aferição para verificar se a leitura está compatível com a rotina dos trabalhadores, e sabíamos que esses monitores seriam mais precisos.”

Laura é responsável por organizar e distribuir 1.000 dentre os 1.200 monitores utilizados na Santa Casa de Porto Alegre. E desde outubro de 2021, quando passou a utilizar os dosímetros OSL, a física médica diz ter sentido na prática a melhoria. “Desde o início nos surpreendemos, porque a Sapra Landauer tem um diferencial na entrega, na organização dos envelopes, nas remessas, na documentação dos processos e das atividades, sem contar os benefícios da tecnologia em si”, comenta.

 

 

Tecnologia OSL

A tecnologia OSL é uma evolução em dosimetria, que evidencia os benefícios na rotina em diversos aspectos: possibilita a realização da releitura do dosímetro OSL, o que oferece grande segurança na avaliação das doses reportadas; amplia os limites de medida, desde o valor mínimo de detecção de dose até o limite superior máximo de linearidade do detector; e oferece mais segurança na prestação do serviço com o sistema InLight, que permite realizar a leitura dos dosímetros sem perda de acuracidade devido ao processo de intercomparação entre os leitores.

Todos esses detalhes são fundamentais para um hospital, onde a rotina muitas vezes intensa dos profissionais da saúde, que lidam com vidas, faz com que se esqueçam de retirar os monitores, que acabam sendo encontrados na lavanderia, junto com os jalecos. Esse é um cenário comum em muitos hospitais, e na Santa Casa de Porto Alegre não é diferente.

“Já houve vezes em que o monitor foi processado na máquina de lavar roupa junto com os jalecos, especialmente quando o profissional sai de um momento tenso no centro cirúrgico. Mas além da identificação externa, o dosímetro da Sapra tem identificação interna, então, quando essa lavagem não danifica o monitor, é possível a análise e avaliação de dose, o que nos permite identificar o colaborador e o período. Essa rastreabilidade facilita muito nosso dia a dia”, relata.

Responsável pela gestão do contrato, Laura diz que se sente satisfeita com esta parceria. “Nós percebemos que a Sapra segue a Legislação à risca e tem todo um cuidado na consultoria técnica, o que nos deixa muito seguros, porque esse é um dado sensível, já que cada dose é associada aos dados pessoais do indivíduo. E o custo-benefício do serviço é ótimo”, destaca.

Desafios e soluções

Formada pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ligada à Santa Casa de Misericórdia, Laura afirma que um dos maiores desafios do setor é a conscientização, já que o uso dos monitores não é uma questão intuitiva.

“Uma das minhas funções é a capacitação continuada que, por lei, deve ocorrer anualmente. Mas essa é uma luta diária e frequentemente vou aos setores para lembrar a relevância dos dosímetros, explicar o fluxo e o seu funcionamento, aliás, sempre levo comigo o modelo pedagógico para mostrar como é feita a verificação. E estou sempre ressaltando a importância de não deixar nenhuma lacuna no histórico do profissional”, afirma.

Segundo ela, a área de radiação ainda gera dúvidas e também há muitos mitos que a envolvem. Por isso, a informação constante é tão fundamental quanto a exposição controlada, daí a importância do monitoramento correto.

“Essa nova parceria facilitou bastante a gestão dos dosímetros. Além das melhorias técnicas, notamos diferença na entrega, na troca, nos relatórios de dose, que são mais explicativos, mais técnicos e mais eficazes para o nosso próprio registro como supervisores de proteção radiológica. Tem sido bom também para apresentar dados em auditorias ou em outras especificações externas, é um material mais robusto. Especialmente para mim, que cuido de muitos dosímetros, facilitou demais a organização. Por exemplo, qualquer erro de cadastro é identificado pela empresa, que imediatamente nos apresenta, aumentando ainda mais nossa confiança”, diz Laura.

Para ela, poder contar com o GPR – Gerenciador de Proteção Radiológica, plataforma disponibilizada pela Sapra, é outro benefício intrínseco ao processo. “Eu uso o GPR todos os dias, seja para consultar ou para incluir alguma informação. É bem intuitivo. E na plataforma ainda podemos nos atualizar constantemente, tenho achado muito bom”, observa.

Adaptações

Laura também ressaltou benefícios que não estão na literatura, mas que foram sentidos na prática imediatamente após a nova parceria. “Toda a logística está muito rápida, inclusive o envio de novos monitores de urgência, fiquei surpresa. O relatório de doses também é ágil e a consultoria que recebemos foi diferencial. Precisamos fazer algumas adaptações à nossa realidade, e fomos atendidos com êxito, estamos muito satisfeitos”, finaliza.

Como usar o dosímetro corretamente

Uso correto de equipamento de proteção garante a segurança do profissional

O uso correto do dosímetro ou monitor individual é essencial para garantir a proteção radiológica adequada aos profissionais expostos à radiação e cumprir a legislação sanitária e também trabalhista.

Um quiz realizado pela Sapra apontou que alguns profissionais ainda tem dúvidas sobre “Em qual região do corpo deve ser utilizado o monitor de tórax?”.

Como usar o monitor individual

Os monitores individuais devem ser utilizados durante toda a jornada de trabalho com radiação, sempre presos junto ao corpo, na lapela, na região mais exposta do tórax.

Os usuários devem tomar cuidado para que nenhum objeto se interponha entre a exposição a ser medida e o monitor do indivíduo que está sendo monitorado. Deve ser evitado o uso dos monitores presos a correntes ou acessórios similares que possam levar ao movimento do monitor durante os procedimentos com radiação.

Já quando o profissional fizer uso do avental de chumbo de proteção, o monitor individual deve ser usado na região mais exposta do tórax sobre o avental.

Monitor não deve ser levado para casa

Ao término da jornada de trabalho, ou sempre que não estiver utilizando o monitor individual, ele deve ser mantido junto ao monitor padrão destinado ao respectivo local de uso.
Os monitores devem ser utilizados por um período de 30 dias completos, exceto nas situações especiais em que haja uma recomendação da Sapra Landauer, em acordo com os responsáveis pela proteção radiológica da instituição.

Eles são individuais e intransferíveis e só podem ser usados pelo indivíduo e no local para o qual foi designado. O local refere-se a uma instituição (instalação, ou estabelecimento ou serviço) ou a cada setor de uma instituição.

Tem dúvida de como usar o monitor individual? Fale com a Sapra Landauer.

Pesquisa propõe análise qualitativa para avaliar proteção física de instalações radiativas

Uma pesquisa do Instituto de Radioproteção e Dosimetria/Comissão Nacional de Energia Nuclear (IRD/CNEN), conduzida pelo engenheiro mecânico Alexandre Roza de Lima, propõe um novo modelo de avaliação da eficácia do Sistema de Proteção Física (SisPF) de fontes radioativas e instalações radiativas associadas. Denominado MAESP – Modelo de Avaliação da Eficácia do Sistema de Proteção Física, o sistema utiliza análise qualitativa para avaliação da eficácia do sistema de proteção física de instalações radiativas.

“Os modelos existentes no mercado são muito complexos e a aplicação é direcionada para proteção física de materiais nucleares. A abordagem de segurança para fontes radioativas utilizadas em hospitais, clínicas e indústrias é distinta, não dá para adotar a mesma proteção física de uma usina nuclear em um hospital, por exemplo. E essa pesquisa acaba atendendo a uma demanda mundial, porque não existiam ferramentas para se avaliar um sistema de proteção física de instalações radiativas”, explica Lima.

Um Sistema de Proteção Física é baseado em cinco funções básicas de proteção física (dissuasão, detecção, retardo, resposta e gestão de segurança física), todas necessárias para proteger uma instalação radiativa contra atos maléficos. Aliás, isso é justamente o que difere a proteção física da proteção radiológica, já que, em geral, na proteção física a causa do problema é intencional, e na proteção radiológica é algo inadvertido. Nos dois casos, portanto, é preciso adotar medidas para evitar ocorrências e mitigar as consequências, caso um evento ocorra.

Os atos intencionais vão desde acessos não autorizados ao material ou à instalação radiativa, como furtos e roubos para venda no mercado negro, até sabotagem na instalação e no transporte. Todos gerariam movimentação ilegal do material e poderiam causar grandes danos à sociedade e ao meio ambiente.

“O roubo de um material radioativo pode causar vários transtornos, não só porque a empresa vai perder esse material, mas também porque, como consequência, ele pode ser levado para fora da instituição e expor outras pessoas. Além dos prejuízos à saúde, uma ocorrência como essa pode gerar grande impacto na reputação da empresa”, ressalta o pesquisador.

O MAESP foi desenvolvido em dois módulos distintos permitindo avaliar, de forma independente, as estruturas física e administrativa do SisPF, através de dois processos estruturados elaborados para a condução da avaliação de eficácia do SisPF, que inicia pela definição do nível de proteção física (NPF) da instalação, finalizando com uma análise qualitativa de robustez em ambos os módulos.

O objetivo é identificar as vulnerabilidades para poder fortalecer o SisPF, otimizar recursos com os princípios de segurança física, desenvolver um projeto de aplicação adequado ao uso e promover uma cultura de Segurança Física. “Fortalecer essa cultura é fundamental, porque hoje, o brasileiro não acredita que esses atos maléficos possam ocorrer, mas é justamente nessa brecha que o fato acontece. E precisamos evitar”, comenta.

Legislação

A proteção física das fontes radioativas é um tema muito recente no mundo. No Brasil, o primeiro regulamento sobre o assunto foi publicado em 2019. Tecnologista Pleno em Segurança Física Nuclear da CNEN, certificado pela World Institute for Nuclear Security (WINS) na área de Gerenciamento de Segurança Física de Fontes Radioativas, Lima trabalhou ativamente na elaboração da Norma CNEN-NN-2.06/2019 “Proteção Física de Fontes Radioativas e Instalações Radiativas Associadas”, que dispõe sobre os princípios e requisitos de proteção física aplicáveis a fontes radioativas e instalações. “Nosso grupo de trabalho iniciou o movimento com vistas à elaboração de uma Norma em 2016, ou seja, foram três anos de estudos, pesquisas e trabalho até que ela fosse publicada”, relata.

Atualmente, o grupo está debruçado sobre a elaboração da Norma CNEN NN 2.05, voltada para segurança física no transporte de fontes radioativas. A preocupação é justamente evitar episódios como o acidente radioativo de Goiânia, que ocorreu na década de 1980, ou o roubo do carro que transportava material radioativo no Rio de Janeiro, em 2012. A nova Norma deve ser publicada até o início de 2023.

Análise do novo modelo de avaliação

De acordo com os resultados da pesquisa, o MAESP mostrou-se capaz de avaliar a eficácia do SisPF de forma simples e célere, permitindo que o usuário de fontes radioativas identifique as fragilidades exploráveis na instalação por componente, por camada de segurança e por função básica de proteção física.
Ainda segundo o estudo, o MAESP possibilita que o usuário priorize a implementação de melhorias em pontos mais críticos de vulnerabilidade do SisPF, de forma a otimizar e evitar gastos demasiados em seu aperfeiçoamento.

Pesquisas em proteção radiológica direcionam decisões

As pesquisas em proteção radiológica e em segurança física de instalações nucleares e radiativas são fundamentais, pois ajudam as instituições que atuam com materiais radioativos a direcionarem a tomada de decisão.

Professor da Pós-graduação em Proteção Radiológica com Ênfase em Supervisão Médica e Industrial, Alexandre Roza de Lima tem mais de 20 anos de experiência na área de segurança e proteção radiológica e sete anos na área de fiscalização e avaliação de segurança física de instalações nucleares e radiativas.

Membro da Comissão de Segurança e Radioproteção Industrial da ABENDI e do Grupo de Trabalho em Segurança Física de Fontes Radioativas da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), aprofundou-se no tema, inicialmente, durante o Mestrado em Biofísica das Radiações.

“Nesta pesquisa fizemos avaliação de dosimetria no cristalino dos operadores de radiografia industrial, isso porque, em 2011 o cristalino passou a ser uma preocupação no mundo radiológico. Nossos olhos são muito sensíveis à radiação ionizante, então, a Comissão Internacional de Proteção Radiológica (ICRP) reduziu os limites de dose para o cristalino; e no Mestrado, avaliei a necessidade de se utilizar um dosímetro específico para cristalino”, explica. “Nesse sentido, a Sapra Landauer, que tem know how no assunto, me ajudou a conhecer essa tecnologia”, ressalta.

Seu envolvimento com o tema aumentou desde que passou a integrar a equipe da CNEN, em 2014, e a realizar as pesquisas para o seu Doutorado. Para ele, ainda há muito a ser feito tanto em proteção radiológica, quanto na área de proteção física de instalações radiativas como, por exemplo, o desenvolvimento de uma ferramenta computacional com o MAESP, para reduzir o tempo de resposta e aumentar a qualidade das avaliações de eficácia dos SisPF permitindo ao avaliador testar diversas combinações de elementos e medidas de proteção física de forma célere e eficiente.

Outra possibilidade é a realização de estudos experimentais fazendo uso do MAESP, com o objetivo de ampliar o seu campo de aplicação em diferentes tipos de instalações radiativas médicas, industriais e de pesquisa permitindo aperfeiçoar e customizar o novo modelo de avaliação para cada caso em específico. Em outras palavras, as pesquisas científicas não podem parar.

Proteção radiológica deve preservar os trabalhadores e garantir a menor dose nos pacientes, diz ex-presidente da ABFM

Por ser um tema de extrema importância e também de tantas normas regulatórias, a proteção radiológica ainda gera várias discussões. Muitas delas tornam-se objeto de estudos e pesquisas científicas. Ainda bem. Foi assim que a proteção radiológica evoluiu. 

Quando a radiologia surgiu, no fim do século XIX, a atividade era realizada sem qualquer tipo de proteção. Segundo o físico médico Renato Dimenstein, que ocupou a presidência da ABFM (Associação Brasileira de Física Médica) na gestão 2020/2021, a questão das normas de segurança dos trabalhadores melhorou muito no Brasil nos últimos 30 anos, porém, é preciso ampliar as discussões sobre o assunto.

“Atualmente, a proteção radiológica faz parte da cultura das instituições de saúde, o que é um ganho. Mas, por outro lado, ainda é preciso melhorar a questão do uso da radiação nos pacientes. É possível reduzir a dose mantendo a qualidade diagnóstica? Qual o caminho para essa redução? Essas e outras questões devem ser respondidas. A proteção radiológica deve preservar os trabalhadores e garantir a menor dose nos pacientes”, ressalta. 

Programas de educação continuada são fundamentais na área de radiologia e medicina nuclear. Além de outras práticas que devem ser adotadas, como o uso de arcos cirúrgicos para segurança dos trabalhadores e dos pacientes. Para Dimenstein, é fundamental que o foco esteja nos dois lados da moeda. 

“Os dosímetros OSL garantem a segurança do trabalhador, mas existe outro aspecto importante que é a segurança do paciente, então, a dose e a qualidade da imagem impactam diretamente nesse processo. E se as doses de radiação utilizadas não forem monitoradas corretamente, o trabalhador também acaba recebendo além do necessário”, observa. 

Educação continuada na área físico médica

Parceira em diversas pesquisas científicas, a Sapra Landauer também promove treinamentos e educação continuada com foco na informação e na atualização em relação às normas, conceitos e tecnologias de proteção radiológica. 

“O laboratório de dosimetria da Sapra, ao longo dos anos, vem ajudando bastante a comunidade de radiologia, os físicos, os médicos, no que diz respeito à segurança do trabalho, auxiliando no cumprimento dos requisitos para minimizar os riscos e efeitos deletérios à saúde dos trabalhadores. Isso é fundamental”, destaca Dimenstein.

A importância da atualização constante na área de proteção radiológica ficou evidente em suas ações à frente da ABFM, apesar das inúmeras dificuldades enfrentadas. Renato Dimenstein assumiu a presidência da Associação no início de 2020, dois meses antes de aparecer o primeiro caso de Covid-19 no Brasil. E com o isolamento social imposto no país, o registro da apuração da eleição no Cartório de Notas precisou ser adiado, o que significou contas bancárias da Associação bloqueadas. 

A Diretoria ficou sem acesso às finanças da ABFM até agosto de 2020. Ainda assim, conseguiram promover diversos cursos online de ultrassom e ressonância. “Como muitas pessoas, conseguimos fazer um rearranjo, e os cursos promovidos logo no início da pandemia tiveram um interesse enorme de público. Mais tarde, começamos a fazer seminários para as universidades, com relação às normas sanitárias de proteção radiológica, promovendo atualização profissional em diversas cidades. Foi muito bom”, avalia. 

Melhorias necessárias 

Para o ex-presidente da ABFM, a dosimetria é um grande avanço na área de proteção radiológica, mas ainda faltam parâmetros de referência nacional. “Até existem algumas universidades trabalhando para estabelecer esses parâmetros, mas eles são solitários, no sentido de que cada um está fazendo de uma forma. O que precisamos é batalhar por uma política de saúde pública que possa ter a contribuição da universidade, dos laboratórios e de grandes empresas como a Sapra, atuando com esse mesmo foco no país inteiro”, afirma. 

O maior desafio, segundo Dimenstein, é que a comunidade de proteção radiológica compreenda a importância de trabalhar em grupo. “Na física médica estamos muito acostumados a fazer tudo sozinho, mas a área da saúde exige multiprofissionais e empresas qualificadas que possam ser parceiras nesses trabalhos”, finaliza.

Livro sobre área nuclear visa difundir e inspirar professores e jovens pesquisadores

“Investigando as aplicações da Radioatividade” traz as curiosidades sobre diferentes áreas de atuação

Com o objetivo de inspirar professores e jovens pesquisadores, o livro “Investigando as aplicações da Radioatividade”, lançado durante a International Nuclear Atlantic Conference – INAC 2021 (Conferência Internacional Nuclear do Atlântico), apresenta diferentes áreas de pesquisa das ciências nucleares.

A proposta dos autores era fugir do senso comum e mostrar a área nuclear de maneira diferente e interessante. O livro apresenta a evolução e as aplicações das ciências nucleares em diversos segmentos da sociedade, para além da medicina e da geração de energia.

De forma instigante, o leitor conhece as ciências nucleares presentes nas áreas de alimentos, agricultura, arqueologia, radioproteção, entre outras. Os diferentes tipos de radiação, partículas alfa e beta, raios gama e raios x são abordados em todos os capítulos.

Escrito por Anna Lúcia Villacencio, Denise Levy, Gian Sordi, Helen J. Khoury, Janete Gaburo Gonçalves, Valter Arthur e Viviane Asfora, o livro organizado por Helena Khoury e Denise Levy está disponível para venda física e e-book.

Serviço:

Livro – “Investigando as aplicações da Radioatividade”

Editora Recanto das Letras; 1ª edição 

Vendas na Amazon ou pelo telefone – 81-9.8851-5413