PhyMED promove IV Curso de Extensão em Hemodinâmica

A PhyMED – Consultores em Física Médica e Radioproteção, com apoio da SBHCI e Sapra Landauer, promove, nos dias 28 e 29 de novembro, das 13h às 18h, o IV Curso de Extensão em Hemodinâmica, na Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), em Porto Alegre (RS).
Com o objetivo de contribuir para o processo de otimização das doses ministradas a pacientes e equipes técnicas durante procedimentos de cateterismo, o curso é voltado para profissionais que atuam em laboratórios de hemodinâmica.

“No cenário nacional dos últimos anos surgiram muitos casos de lesões de pele (queimaduras) em pacientes devido à radiação, chegando a casos de radiodermite e radionecrose. Portanto, faz-se necessário que sejam feitas verificações de serviços de hemodinâmica, levando em conta seus aspectos tecnológicos, a padronização de técnicas e o controle de qualidade. O curso irá abordar ações avançadas em segurança radiológica, de modo que os procedimentos realizados nos Laboratório de Hemodinâmica sejam realizados sem colocar em risco a integridade dos pacientes e da equipe técnica”, explica o físico médico Rogério Fachel de Medeiros, especialista em Física do Radiodiagnóstico pela Associação Brasileira de Física Médica (ABFM) e coordenador do curso.

Os valores das inscrições variam entre R$ 170 (estudantes), R$ 250 (clientes PhyMED e associados da SBHCI) e R$ 320 (profissionais). As inscrições podem ser feitas até o dia 24 de novembro no site: https://www.phymed.com.br/fisica_medica/cursos/104/iv-curso-de-extensao-em-hemodinamica ou pelo e-mail rogerio@phymed.com.br.

Mais informações telefone/WhatsApp: 51 99191-7214 – Tel 51 3312-4265.

Você sabe, mesmo, como funciona o monitor padrão? Confira!

Usado no serviços de monitoração individual, o monitor padrão é muito importante para o cálculo das doses dos indivíduos ocupacionalmente expostos (IOEs). Ele é enviado junto com cada remessa de monitores individuais e serve para registrar exposições a radiação ionizante ocorridas fora do ambiente de trabalho e que, portanto, devem ser utilizadas para o cálculo de doses a que os indivíduos estão efetivamente expostos em seu ambiente de trabalho. Para saber mais, assista o vídeo abaixo e acesse este post na seção da FAQ da Sapra Landauer.

Pesquisas atestam benefícios da dosimetria em tempo real

No Centro Médico da Universidade de Rochester, taxas de exposição à radiação caíram pela metade

Além de ser fácil de usar, configurar, instalar e implementar, a tecnologia por trás do sistema Raysafe i3 tem tido seus benefícios comprovados por meio de estudos científicos desenvolvidos em importantes centros de pesquisa médica do mundo.

Um exemplo de mudanças positivas geradas pelo uso da tecnologia de dosimetria em tempo real ocorreu no Centro Médico da Universidade de Rochester (URMC, na sigla em inglês), que, em um ano, conseguiu reduzir pela metade a exposição de sua equipe médica à radiação.

O médico e pesquisador Frederic J. Mis, responsável pela Diretoria de Proteção Radiológica e Garantia de Qualidade de Radiologia na URMC, conta que, antes de adotarem a inovação, sua equipe tinha dificuldade para gerenciar a dose de radiação em suas salas onde havia alta exposição, como os de cardiologia e radiologia intervencionista. “Sabíamos que precisávamos promover o programa de segurança de radiação para reduzir a dose de radiação e melhorar a segurança da equipe”, explica.

Para resolver o problema, a implementação da tecnologia de dosimetria em tempo real foi imediatamente aprovada pela administração central e instalada, a princípio, em duas salas de alta dose, também como o oferecimento de treinamento adicional em proteção radiológica, visando melhorar a cultura da organização sobre o tema.

“A dosimetria em tempo real forneceu ao nosso pessoal a capacidade de ‘ver’ sua dose de radiação durante o trabalho com os pacientes”, conta o Dr. Mis. “Como resultado, a exposição à radiação diminuiu rapidamente, mesmo durante o período de treinamento”. Diante dos resultados, o sistema foi rapidamente ampliado e instalado também em outras duas salas da instituição.

“Em nosso primeiro ano completo de implementação deste novo programa, notamos uma redução de 50% na dose de pessoal”, conclui o Dr. Mis. “O monitoramento da dose em tempo real tornou-se parte da cultura da URMC e agora é obrigatório, além de ser bem aceito e apreciado pela equipe.”

Outro estudo recente, conduzido pelos médicos e pesquisadores Peter Drescher, Davina Winandy e Tracey Marshall, no Aurora West Allis Medical Center, também mostrou uma redução significativa nas doses de radiação incidentes sobre membros de equipe médica durante procedimentos de vertebroplastia, como resultado direto do uso da tecnologia de dosimetria em tempo real.

Neste estudo, foi medida a exposição à radiação para o médico assistente, tecnólogo, técnico em circulação e anestesista. Com isso, novos processos e procedimentos foram implementados para aumentar a conscientização sobre a radiação e o uso rigoroso de dispositivos de proteção, resultando em uma revisão completa dos procedimentos de trabalho na instituição.“

Sapra Landauer reúne cerca de 60 profissionais no II Encontro de Proteção Radiológica em SP

Segunda edição do evento foi realizado no último dia 29 de agosto, no Hotel Estanplaza Paulista

O II Encontro de Proteção Radiológica em Radiologia Intervencionista, realizado do Sapra Landauer no último dia 29 de agosto, em São Paulo, no Hotel Estanplaza Paulista, reuniu cerca de 60 profissionais da área de saúde, entre representantes de instituições de saúde, de ensino e também da área indústria.

O uso da radiação ionizante na saúde tem se intensificado nas últimas décadas, o que reforça a importância do debate sobre o controle de doses de dosimetria pessoal em radiologia intervencionista. Nesse sentido, a Sapra busca promover encontros entre seus parceiros, profissionais que atuam na área, incentivando assim a troca de experiências, a atualização de conhecimento e a disseminação de informações técnicas qualificadas sobre métodos e processos relacionados à proteção radiológica.

Nesta segunda edição do Encontro de Proteção Radiológica em Radiologia Intervencionista, a primeira palestra foi ministrada pela física Yvone Maria Mascarenhas, diretora-presidente da Sapra Landauer, que falou aos presentes sobre os desafios do controle de doses de dosimetria pessoal, abordando aspectos de prevenção e análise de dose a partir da dosimetria passiva dos profissionais. 

A diretora-presidente da Sapra é graduada em Física pela USP, tem mestrado, doutorado e pós-doutorado pelo Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC) da USP, com pesquisas sobre radiologia e dosimetria. Atuou como coordenadora de projetos de pesquisa financiados por agências como CNPq e FAPESP e tem ampla experiência na área de Física, atuando principalmente em proteção radiológica, produção raios-x, radiodiagnóstico, algebraic model e dosimetria.

Segundo ela, as possibilidades na radiologia intervencionista cresceram muito e é fundamental que os profissionais da saúde tenham noção das doses de radiação ionizante a que são expostas mensalmente durante sua jornada de trabalho.

Dessa forma, a física ratificou a importância da realização de treinamentos de proteção radiológica, estabelecimento de procedimentos, incluindo posicionamento e uso de EPI’s nas salas de radiologia intervencionista, bem como a avaliação apropriada das doses mensais a que os profissionais ocupacionalmente expostos estão sujeitos.

Na segunda palestra da tarde, a física Lucía Canevaro abordou a superação de desafios em radiologia intervencionista, abordando propostas de otimização da proteção radiológica. Lucìa Canevaro é pesquisadora no Instituto de Radioproteção e Dosimetria da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e especialista em aplicações das técnicas fluoroscópicas em radiologia diagnóstica e intervencionista e colaboradora da Agência Internacional de Energia Atômica em temas relacionados à física médica.

A física médica destacou que muitos profissionais que utilizam radiação demonstram falta de consciência sobre os efeitos da radiação e sobre como se proteger. Para ela, o grande desafio é criar uma cultura de proteção radiológica junto aos profissionais, promovendo o diálogo com argumentos concretos, a exemplo do que a Sapra Landauer vem realizando nos seus encontros técnicos.

Ao final das apresentações, as palestrantes responderam perguntas dos presentes.

Os participantes também puderam opinar sobre o evento da Sapra Landauer respondendo um formulário, no qual eles se declararam satisfeitos com o encontro técnico e com as palestras, com a relevância do debate e a profundidade da abordagem do tema.

Sapra Landauer promove palestra de pesquisadora do CNEN no II Encontro de Proteção Radiológica

Programação do evento, que será realizado no dia 29 de agosto, em São Paulo, inclui palestra da Dra. Lucía Canevaro  

Os desafios a serem superados na radiologia intervencionista e propostas práticas de otimização da proteção radiológica serão os principais enfoques da palestra da Dra. Lucía Canevaro, pesquisadora no Instituto de Radioproteção e Dosimetria da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), no II Encontro de Proteção Radiológica em Radiologia Intervencionista, realizado Sapra Landauer, na tarde do próximo dia 29 de agosto, em São Paulo. Dra. Lucía Canevaro será a segunda palestrante do encontro, logo após a física e diretora-presidente da Sapra Landauer, Yvone Maria Mascarenhas. 

A física médica é pesquisadora sênior da Divisão de Física Médica do IRD/CNEN. Desenvolve trabalhos na área de radiodiagnóstico, na implementação de programas de controle de qualidade, dosimetria de pacientes e profissionais em procedimentos dinâmicos diagnósticos e terapêuticos em cardiologia intervencionista, neurorradiologia e radiologia vascular, por exemplo. “Nosso foco é sempre a otimização da prática do uso de raios X na medicina. Também estudamos sistemas com raios X odontológicos que utilizam equipamentos panorâmicos e de Tomografia por Feixe Cônico, o cone beam. Dentro do IRD temos laboratórios onde realizamos testes, calibrações, desenvolvimento de protocolos e outras tarefas. Grande parte das atividades, as realizamos em hospitais com os que temos parcerias e onde levamos adiante medições, implementação de protocolos, tarefas de conscientização dos profissionais e seminários”, relata ela, acrescentando que também, no IRD, realiza atividades de docência em nível de graduação e pós-graduação, além de cursos especializados de curta duração.

Dra. Lucía Canevaro também colabora, há quase 20 anos, com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), como perito na área de radiodiagnóstico. Sua participação consiste em dar apoio a instituições governamentais de alguns países que solicitam à IAEA suporte para implantar políticas de proteção radiológica nos seus sistemas de saúde, assim como implementar técnicas e projetos de dosimetria, controle de qualidade em serviços de atenção à saúde. “Minha colaboração com a IAEA é eventual, quando há solicitação de algum país. Tenho participado também em comitês da IAEA e coordenado projetos e atividades dentro do Brasil, com os mesmos objetivos de otimização da prática. Essas atividades nos favorecem para a vinda de peritos que nos ajudam a aprimorar nosso trabalho, assim como a possibilidade de treinamento de pesquisadores brasileiros no exterior e a obtenção de recursos para insumos necessários para a realização de pesquisas no Brasil”, enfatiza Dra. Lucía.

Sobre sua palestra do dia 29 de agosto, no Encontro da Sapra, ela adianta algumas colocações:  “Quando nós, físicos médicos, entramos no ambiente dos profissionais médicos que usam radiação, percebemos que existe insuficiente conhecimento do próprio equipamento de raios X, uma das principais ferramentas para levar a cabo o procedimento intervencionista. Também existe pouca consciência sobre os efeitos e sobre como se proteger contra a radiação. Acreditamos que estas deficiências são consequência da falta de uma sólida cultura de proteção radiológica. Consolidar essa cultura é um trabalho longo e de persistência. Os físicos médicos estamos trabalhando para isso acontecer”, ressalta.

Na sua opinião, este tipo de iniciativa da Sapra é muito importante, porque uma forma de agir sobre esse problema é justamente compartilhar com os responsáveis pela proteção radiológica das instituições médicas e com aqueles envolvidos na prática (médicos, técnicos, etc), a experiência que tem sobre as principais dificuldades encontradas para estabelecer estratégias de proteção radiológica no laboratório de hemodinâmica.

Para ela, o maior desafio é: como convencer os profissionais que trabalham com radiação a adotar práticas de proteção? Como eles poderiam realizar seu trabalho com segurança e sem riscos para eles e seus pacientes?

“As soluções, geralmente são simples, muitas vezes baratas, mas precisamos que “comprem a ideia”. Precisamos dialogar com eles com argumentos concretos”, defende.

Em geral, ainda de acordo com a dra. Lucía, as propostas de proteção e os mecanismos de otimização das condições da exposição de profissionais e pacientes consistem mais em atitudes do que em recursos materiais. Uso de vestimentas de proteção individual, adequado manuseio dos equipamentos de raios X (colimação, distâncias, controle do tempo de exposição) e treinamento são algumas práticas muito eficientes. “Atualmente a implementação de métodos para o gerenciamento das doses é primordial em um serviço de radiodiagnóstico que proporciona altas doses, como é o caso da radiologia intervencionista”, conclui.

O II Encontro de Proteção Radiológica em Radiologia Intervencionista será no Hotel Estanplaza Paulista, das 14h às 17h30, e participantes receberão certificado de participação. O objetivo da Sapra Landauer é reunir dezenas de profissionais da área interessados em atualizar conhecimentos e ter acesso a informações técnicas qualificadas sobre métodos e processos relacionados ao tema. 

 SERVIÇO

II Encontro de Proteção Radiológica em Radiologia Intervencionista
Quando: 29 de agosto de 2018
Local: Hotel Estanplaza Paulista, em São Paulo. Al. Jaú, 497 – CEP: 01420-002 – Cerqueira César. São Paulo – SP
Horário: das 14 às 17:30 horas

Inscrições: clique aqui

SPR realiza 49ª Jornada Paulista de Radiologia em maio

A programação por Curso inclui o tema Física em Radiodiagnóstico e pode ser consultada na internet; pré-inscrições on line seguem até 18 de abril

Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR) realiza, de 2 a 5 de maio, a 49ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR), no Hotel Transamerica Expo Center. O tema deste ano será “Celebrando as Relações Internacionais”.

Cerca de 17 mil pessoas, entre congressistas, conferencistas, coordenadores, expositores, visitantes e outros, participam anualmente da Jornada, considerada o principal evento de Diagnóstico por Imagem da América Latina e o quarto maior do mundo. A JPR também se destaca pelo alto nível de seu programa científico, reunindo conferencistas nacionais e internacionais de renome, que discutem as mais recentes descobertas científicas.

A programação por Curso inclui o tema Física em Radiodiagnóstico e pode ser consultada na internet https://www.jpr2019.org.br/programacao/programacao-cientifica/fisica-em-radiodiagnostico/#-1

Entre os destaques da programação estão também os cursos de Medicina Nuclear para as Tecnologias Híbridas e o Impacto da Inteligência Artificial no Diagnóstico por Imagem, no dia 3/05. No sábado, dia 4/05, no período da manhã, o tema será Ressonância Magnética e a questão de utilização de sequências de pulso. À tarde, será abordada a reconstrução de imagens e redução de dose em Tomografia Computadorizada. No domingo, dia 5/05, serão tratado temas de redução de doses em hemodinâmica e mamografia. No caso desta programação diversificada sobre Biofísica há poucas vagas disponíveis, pois a organização concedeu desconto para a participação.

O prazo final para todos os participantes realizarem a pré-inscrição é 18 de abril, no endereço eletrônico https://www.jpr2019.org.br/inscricoes/

Após essa data, serão aceitas apenas inscrições no local do evento.

Ao apresentar como tema da JPR 2019 “Celebrando as Relações Internacionais”, a Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR) reafirma a importância da colaboração mútua entre os parceiros internacionais na busca de aprendizado, de desenvolvimento e de excelência.

Este ano, será realizada simultaneamente à JPR 2019 a 1ª Jornada da Radiologia Intervencionista. Essa é uma das novidades desta 49ª edição que propõem acesso à tecnologia, interação e muito aprendizado de forma dinâmica e interativa.

As informações completas sobre a 49ª Jornada Paulista de Radiologia (JPR), estão no site www.spr.org.br

Livro enfoca radiobiologia, da pesquisa às aplicações na radioterapia clínica

De autoria da Dra. Helena Segreto, é o primeiro livro escrito em português, em parceria com Dr. Roberto Segreto e pesquisadores das universidades de Harvard e Oxford.

A radiobiologia é uma área da ciência que oferece os fundamentos biológicos para o uso da radiação ionizante no tratamento de doenças, em especial o câncer – a radioterapia. A partir dela, consegue-se entender os diferentes esquemas de fracionamento de radiação, a fim de otimizar o binômio morte da célula tumoral e preservação do tecido normal.

É considerada a base da ação da radioterapia para que assim, se tenha uma visão mais crítica e ampla do tratamento e possa se fazer as modificações necessárias. Através desta ciência, é possível compreender os efeitos biológicos  da radiação e relacioná-los com a necessidade da radioproteção de profissionais e pacientes.

Esses são alguns dos enfoques do livro “Radiobiologia, da Bancada à Clínica”, de autoria da Profa. Dra. Helena Regina Comodo Segreto, o primeiro escrito na língua portuguesa. Editada em 2016 pela Editora Scortecci, a publicação foi escrita em parceria com pesquisadores das universidades de Harvard e Oxford: Kathryn D. Held, professora Associada do Departamento de Radio Oncologia de Harvard Medical School, e Barry D. Michael, cientista emérito e professor do Departamento de Radio Oncologia da Universidade de Oxford, além do Prof. Dr. Roberto Araújo, do Departamento de Oncologia Clínica e Experimental, Setor de Radioterapia da UNIFESP/EPM.

Dra. Helena é Professora Associada do Departamento de Oncologia Clínica e Experimental, Laboratório de Radiobiologia, Setor de Radioterapia da UNIFESP/ EPM e membro da Sociedade Brasileira de Radioterapia e da Asociación Ibero Latinoamericana de Terapia Radiante Oncológica.

“Radiobiologia, da Bancada à Clínica” aborda a radiobiologia, a radioterapia e a oncologia clínica de forma ampla e direta. O objetivo é servir estudantes e profissionais das mais diversas formações acadêmicas que atuam nestas áreas.

“Abordamos os aspectos básicos da radiobiologia, da pesquisa de bancada às suas aplicações práticas na radioterapia clínica. Nos seminários que ministramos desde os anos 2000, vínhamos observando uma demanda importante de uma publicação em português sobre o tema, de fácil leitura e compreensão, principalmente para profissionais em início de carreira, como estudantes e os residentes médicos. A radioterapia é multidisciplinar, além de médicos, também envolve físicos, dosimetristas, enfermeiros, dentistas, técnicos, dentre muitos outros. O livro é esclarecedor para estes profissionais. E para os mais experientes, também servirá como consulta para tirar dúvidas”, afirma Dra. Helena. “Foi nesse sentido que decidimos unir forças e escrever esta obra com o material de nossas aulas. Abordamos o assunto numa publicação de leitura acessível, desde o início dos experimentos até os embasamentos clínicos”, completa ela.

No livro, Dra. Helena destaca, entre outros tópicos, os fundamentos da radiobiologia na radioterapia, entre eles, o fracionamento de doses. De acordo com a publicação, a primeira menção de fracionamento de doses em radioterapia veio de experimentos realizados na década de 1920 e 1930, na França, em testículos de carneiros. Os fundamentos teóricos para este protocolo convencional utilizado na radioterapia vieram mais tarde, na década de 1970, com os chamados 5Rs, que são: redistribuição, reparo da lesão sub-letal, repopulação, reoxigenação e radiosensibilidade.

“Fracionando-se a dose, permite-se reparo de lesão sub-letal (RLSL) do tecido normal de resposta lenta e a repopulação do tecido normal de resposta rápida, entre as frações. Ao mesmo tempo, dividindo-se a dose em frações, aumenta-se a lesão nas células tumorais em consequência da reoxigenação e redistribuição das células nas fases mais sensíveis do ciclo celular (G2/M). O quinto R é atribuído à radiosensibilidade do tecido irradiado e depende das características moleculares do mesmo. Atualmente, tem sido proposto o sexto R, que se refere à resposta imune tumoral local e à distância.

A radiação induz sinais inflamatórios e a liberação de antígenos tumor-específico que estimulam a imunidade local e sistêmica”, aponta a especialista, em um dos capítulos que trata da radiobiologia em radioterapia.

Ainda de acordo com a Dra. Helena, o livro foi lançado no I Curso Internacional de Radiobiologia do Hospital do Amor, em Barretos, em 2016. Esse curso é uma continuação dos nove cursos realizados anteriormente na UNIFESP, entre 2000 e 2016. A meta agora é continuar aprofundando periodicamente os temas discutidos em “Radiobiologia, da Bancada à Clínica”.

E um dos caminhos para isso é continuar realizando os cursos Internacionais de Radiobiologia a cada 2 anos agora no Hospital do Amor.

“Acredito que o interesse no assunto abordado no livro será crescente, pois, à medida em que a população envelhece, a probabilidade da ocorrência do câncer aumenta, e consequentemente, a necessidade de entender como tratar e implementar protocolos terapêuticos também aumentam. Assim, o ensino da radioterapia, importante estratégia terapêutica do câncer, certamente será mais valorizado e aos poucos incorporado na graduação médica, a exemplo de outros países.  Para mim, essa possibilidade de passar o conhecimento, responder dúvidas sobre aquilo que escrevemos e estar perto dos alunos, é uma forma de estar sempre atualizada e manter o espírito jovem. E conhecendo a dedicação e o empenho dos autores envolvidos na execução dessa obra, certamente prosseguiremos na atualização dos jovens profissionais que se dedicam à radioterapia”, finaliza a Profa. Dra. Helena Regina Comodo Segreto.

A adoção da grandeza Hp(10) na avaliação da dose individual externa

É com enorme satisfação que comunicamos a alteração da grandeza dosimétrica utilizada no Brasil para avaliação da dose individual externa.


A partir de janeiro de 2019, serão utilizadas as unidades do Sistema Internacional (SI). A nova grandeza é chamada de Equivalente de Dose Individual Hp(d) e equivale a dose em tecido mole a uma profundidade d. A unidade utilizada continua sendo o Siviert.

Para assegurar a qualidade da dosimetria e segurança do pessoal ocupacionalmente exposto à radiação ionizante no Brasil, o CASEC/IRD/CNEN realizou um novo processo de avaliação dos Serviços de Monitoração Individual Externa (SMIE) que atuam no Brasil para avaliar os resultados da dosimetria nessa nova grandeza.

E é com enorme orgulho que comunicamos que a Sapra Landauer teve seus sistemas dosimétricos com tecnologia OSL(1) e TL(2) aprovados nesse processo com 100% dos resultados dentro dos limites de aceitação das Curvas trombeta.

(1) Ofício n 13/2018/CASEC/IRD/DRS/CNEN/MCTIC
(2) Ofício n 12/2018/CASEC/IRD/DRS/CNEN/MCTIC

Saiba mais sobre a alteração da grandeza de Hx para Hp(10)

Quando?

A nova grandeza passa a ser utilizada para todas as doses avaliadas nos monitores com período de uso a partir de janeiro de 2019.

Limites de dose serão alterados?

Não. Os limites continuam sendo os mesmos, a dose efetiva média anual não deve exceder 20 mSv em qualquer período de 5 anos consecutivos, não podendo exceder 50 mSv em nenhum ano.

Como fica o relatório dose anual?

Os relatórios de dose até dezembro de 2018 continuam a ser avaliados na atual grandeza Hx, assim como a somatório de doses de 2018.

Limite inferior de detecção será alterado?

Sim. A partir de janeiro 2019, o novo limite de detecção passa a ser de 0,1mSv, em nossos relatórios. Doses abaixo de 0,1mSv serão reportadas com a legenda ANR e a dose de 0,1mSv terá um valor numérico nos relatórios .

Toda essa alteração está regulamentada?

Sim, a comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) publicou a RESOLUÇÃO Nº 229, DE 3 DE MAIO DE 2018 no DOU, de 07/05/2018 (nº 86, Seção 1, pág. 17).

Onde posso conseguir mais informações?

No site da Sapra Landauer (www.sapralandauer.com.br) disponibilizamos todas as informações, incluindo palestra sobre a mudança da grandeza dosimétrica já apresentada em diversos fóruns, bem como a Resolução no 229. (Faça o download da palestra aqui)