Para físico do Sírio-Libanês, encontro técnico da Sapra foi esclarecedor

Renato Vieira diz que profissionais da área radiológica precisam de oportunidades para se encontrar e trocar ideias

O físico Renato Vieira, que atua na área de Medicina Nuclear no Hospital Sírio-Libanês, participou do Encontro Técnico de Proteção Radiológica nas Áreas Médica e Industrial, promovido pela Sapra Laundauer no mês de março, em São Paulo, e elogiou a iniciativa da empresa de reunir os profissionais para prestar esclarecimentos sobre mudanças na área de radição.

O encontro técnico abordou a mudança de grandeza utilizada atualmente pelos serviços de dosimetria individual externa no Brasil, que passará da grandeza Hx — equivalente de dose em Sievert (mSv) — para a chamada dose equivalente a uma profundidade, ou Hp(10), numa palestra detalhada sobre o assunto, ministrada pela física e diretora-presidente da Sapra Landauer, Yvone Maria Mascarenhas, e também a tratou de aspectos físicos da redução de doses de radiação em exames de imagens diagnósticas, por meio de uma explanação do físico Renato Dimenstein, que também atua em medicina nuclear no Hospital Albert Einstein.

Na opinião de Vieira, esse tipo de encontro é necessário, pois é uma das poucas oportunidades que os profissionais dessas áreas tem de se encontrar, tirar dúvidas e se manterem atualizados. “Nós geralmente nos encontramos só em congressos, uma vez por ano, ou em pequenos encontros, como este, e muitas vezes não há tempo suficiente nesses eventos para os profissionais compartilharem suas ideias, trocar experiência. A iniciativa da Sapra de reunir os profissionais é muito proveitosa, e principalmente aqui em São Paulo, devido à grande quantidade de serviços e profissionais da área”, ponderou o físico. “Eu vim, principalmente, buscar informações sobre a mudança de grandeza. E foi muito esclarecedor”, acrescentou.

Sobre a palestra de Dimenstein, Vieira diz o foco da área médica na radiologia é reduzir doses sem degradar a imagem. “Essa é uma questão importante para médicos e biomédicos, assim como também para os fabricantes dos equipamentos”, afirma, defendendo o tratamento individualizado, com protocolos diferentes para cada paciente.

TECNOLOGIA OSL – O Sírio-Libanês foi um dos primeiros parceiros da Sapra na implantação da tecnologia OSL para dosimetria pessoal baseada em luminescência por estímulo óptico e, como os demais usuários, aprovou a mudança tecnológica. Durante um período de transição do sistema TL para o OSL, o hospital inclusive trabalhou com as duas tecnologias.

“Foi uma experiência bem positiva e a mudança para o sistema foi simples. A tecnologia OSL cria uma confiabilidade maior na dosimetria e dá mais segurança para quem trabalha com radiação”, avalia Vieira. “É um sistema que permite uma precisão melhor das medidas e da leitura dos resultados. Os profissionais envolvidos se sentem mais seguros e isso é muito importante”, conclui.

Ainda sobre a parceria com a Sapra, o físico salientou que a empresa mantém contato constante com os profissionais de segurança do trabalho do Sírio Libanês, que sempre contam com uma resposta imediata da Sapra em qualquer situação.