Webinar da Sapra Landauer apresenta metodologia da AIEA para controle de qualidade remoto em radiografia e mamografia

A Sapra Landauer realiza, no dia 11 de dezembro, às 15h30, o webinar gratuito “Controle de qualidade remoto e automatizado em radiografia e mamografia – Metodologia da AIEA”, com a participação da Dra. Denise Yanikian Nersissian, física médica Instituto de Física da USP e atuante no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Denise Yanikian Nersissian, integrante do Comitê da AIEA e uma das difusoras da metodologia no Brasil, apresentará no webinar a abordagem descrita na Publicação nº 39 da Agência Internacional de Energia Atômica (2021), voltada à implementação de programas remotos e automatizados de controle de qualidade em sistemas de radiografia e mamografia. 

Durante sua exposição, ela detalhará o uso de phantoms simples e de baixo custo, a aplicação de ferramentas digitais para coleta automatizada de dados e a padronização dos resultados — elementos essenciais para permitir comparações consistentes entre serviços e fortalecer a harmonização das práticas de qualidade e segurança radiológica no país.

A iniciativa busca fortalecer a confiabilidade diagnóstica, reduzir custos e ampliar a capacidade de monitoramento técnico em tempo real, oferecendo aos profissionais de saúde uma abordagem inovadora e prática para o aprimoramento das rotinas de controle de qualidade.

Sobre a palestrante: Dra. Denise Yanikian Nersissian é física do Instituto de Física (USP) e atua como física médica no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Graduada em Física pelo Instituto de Física da USP (1997) e doutora em Tecnologia Nuclear – Aplicações pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) (2004), atua há mais de 20 anos na área de Física Médica Clínica, com foco em controle e garantia de qualidade em diagnóstico por imagem, proteção radiológica e implementação de programas de qualidade em serviços de saúde.

Serviço:

Webinar: “Controle de qualidade remoto e automatizado em radiografia e mamografia – Metodologia da AIEA”

Convidada: Dra. Denise Yanikian Nersissian – IF/USP

Data: 11 de dezembro de 2025

Horário: 15h30

Formato: Online e gratuito

Controle de qualidade remoto em radiografia e mamografia deve trazer mais segurança e economia para hospitais

 

Especialista do Instituto de Física (IF/USP) e atuante no INRAD/HC/FMUSP, a Física Médica Denise Y. Nersissian apresenta a metodologia global de controle de qualidade em radiologia e mamografia, com base em uma publicação da AIEA.

A modernização dos sistemas de controle de qualidade em radiografia e mamografia ganha força no Brasil com a implementação de programas remotos e automatizados, inspirados na metodologia descrita na Publicação nº 39 da International Atomic Energy Agency (IAEA, 2021). A iniciativa permite monitorar continuamente o desempenho dos equipamentos de diagnóstico por imagem, garantindo resultados mais precisos e seguros para pacientes, sem depender da presença física do profissional no local.

Segundo a Dra. Denise Yanikian Nersissian, física médica atuante no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e integrante do Comitê da AIEA, a abordagem oferece uma alternativa prática e de baixo custo aos testes convencionais. “Um phantom nada mais é do que algo que simula estruturas que possam ser associadas às respostas semelhantes nos pacientes. No caso do modelo da Agência Internacional, é uma placa de acrílico com cobre e alumínio, materiais simples e acessíveis. Com cerca de 10 a 15 dólares você consegue produzir um dispositivo que permite avaliar diariamente ou semanalmente a qualidade das imagens fornecidas pelos equipamentos”, explica.

O programa utiliza phantoms, softwares de análise e planilhas para acompanhamento sistemático das imagens. “Você faz a radiografia do phantom, o software analisa parâmetros complexos de qualidade e você consegue construir uma linha do tempo que permite a avaliação do desempenho do equipamento”, detalha a pesquisadora. Essa prática possibilita antecipar falhas e reduzir custos com manutenção emergencial de equipamentos.

Para a Dra. Denise, a iniciativa também traz benefícios didáticos e operacionais: “Não é só cumprir a legislação. Com essa abordagem, conseguimos extrair informações valiosas para o cuidado do paciente e para a gestão do hospital. Você consegue se antecipar a problemas, identificando as mudanças de rendimento dos tubos de Raios X ou alterações na resposta dos detectores, que indicam artefatos ou  deterioração, além de garantir que a imagem obtida seja sempre adequada para o diagnóstico.”

O método já é aplicado no Instituto de Radiologia do HC/FMUSP, onde a Dra. Denise atua também como preceptora no programa de residência em física médica. “Além de avaliarmos os equipamentos, treinamos residentes para que possam executar esses testes e interpretar os resultados, formando profissionais capacitados para implementar o controle de qualidade em diferentes serviços de saúde”, destaca.

A IAEA incentiva a adoção de programas automatizados de monitoramento em escala global, promovendo padronização, rastreabilidade e harmonização de práticas internacionais. No Brasil, foi realizado um workshop gratuito para difundir o conhecimento e demonstrar a facilidade de implementação, fortalecendo a segurança radiológica e a eficiência diagnóstica em hospitais e clínicas.

“A grande vantagem é que qualquer instituição pode aplicar. O phantom é barato, o software é gratuito e os testes podem ser enviados remotamente para análise de um físico médico. Isso democratiza o acesso ao controle de qualidade e ajuda a manter padrões elevados de segurança e confiabilidade diagnóstica”, conclui Dra. Denise.

Sapra Landauer reforça pilares da segurança radiológica na CNEN

Em sua contribuição, a Dra. Yvone Mascarenhas ressaltou que a evolução da proteção radiológica depende de três pilares: regulamentação, tecnológica e cultura.

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) promoveu nos dias 4 e 5 de novembro, o Workshop Ensino e Pesquisa em Tecnologias Nucleares, reunindo especialistas, pesquisadores e instituições acadêmicas para debater os avanços e os desafios no setor nuclear brasileiro.

O evento promoveu quatro mesas-temáticas: “Ciência e Inovação Tecnológica Nuclear: Desafios e Fronteiras”; “Formação, Avaliação e Estratégias de Sustentabilidade da Pós-Graduação Nuclear”; “Aplicações Nucleares na Saúde, Indústria e Meio Ambiente”; e “Integração entre Pesquisa, Indústria Nuclear e Políticas Públicas”.

A física Dra. Yvone Maria Mascarenhas, diretora-presidente da Sapra Landauer, participou da mesa “Aplicações Nucleares na Saúde, Indústria e Meio Ambiente”, apresentando o tema “Perspectivas do Setor Privado sobre Proteção Radiológica: Infraestrutura em Serviços”. Em sua exposição, destacou que a proteção radiológica e a dosimetria pessoal se sustentam em três pilares interconectados: regulamentação, tecnologia e cultura.

Segundo ela, o alinhamento entre marcos regulatórios atualizados, inovação tecnológica contínua, como, no caso da Sapra Laudauer, a adoção da dosimetria OSL (Luminescência Opticamente Estimulada), e o fortalecimento de uma cultura sólida de segurança são elementos fundamentais para garantir a confiabilidade das medições, a proteção dos profissionais e o avanço das aplicações nucleares em diferentes setores. “A evolução das práticas de proteção radiológica depende da integração entre tecnologia, regulamentação e cultura. A dosimetria individual fortalece a segurança e o uso responsável das tecnologias nucleares, enquanto a educação continuada é essencial para formar profissionais preparados e consolidar políticas públicas voltadas à segurança”, afirmou Dra. Yvone.

Para a Sapra Landauer, a participação reforça seu compromisso com a excelência técnica, o atendimento especializado e a missão de proteger quem trabalha com radiação ionizante. A empresa atua há mais de 45 anos em dosimetria individual, pioneira no Brasil na tecnologia OSL, e está certificada por órgãos regulatórios nacionais.

Segundo a organização do evento, no primeiro dia, os debates se concentram nos temas “Ciência e Inovação Tecnológica Nuclear: Desafios e Fronteiras” e “Formação, Avaliação e Estratégias de Sustentabilidade da Pós-Graduação Nuclear”, com a participação de representantes do Hub Tecnológico do Granioter/CNEN, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP), da Sociedade Brasileira de Física (SBF), do MCTI, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/CNEN) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Já no segundo dia, as mesas abordaram “Aplicações Nucleares na Saúde, Indústria e Meio Ambiente” e “Integração entre Pesquisa, Indústria Nuclear e Políticas Públicas”, com a presença de especialistas da Associação Brasileira de Física Médica (ABFM), da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), da Academia Brasileira de Ciências Radiológicas (ABCR), do Serviço de Assessoria e Proteção Radiológica (Sapra), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do IPEN/CNEN, da Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

(Foto: Divulgação/Sapra Landauer)