Busca por melhoria técnica levou Santa Casa de Porto Alegre a adotar dosimetria OSL

A dosimetria é adotada na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre há 30 anos, contudo, a equipe de proteção radiológica estava em busca de melhorias técnicas e se surpreendeu com os benefícios quando passou a utilizar a tecnologia OSL (Luminescência Opticamente Estimulada), fornecida pela Sapra Landauer.

Com 218 anos de história e uma trajetória de pioneirismo e credibilidade, a Santa Casa de Porto Alegre possui um olhar constante para o futuro, promovendo iniciativas de inovação, atuação tecnológica e geração de conhecimento. Atualmente, conta com 1.200 profissionais que utilizam o dosímetro, o que requer atenção redobrada e cautela nos processos que envolvem a dosimetria individual.

“A tecnologia OSL é mais sensível, isso é constatado em literatura, e vários colegas do setor já haviam demonstrado interesse em mudar nosso sistema de dosimetria”, explica Laura Derengoski Morás, física médica do setor de Segurança do Trabalho. “Mensalmente fazemos uma aferição para verificar se a leitura está compatível com a rotina dos trabalhadores, e sabíamos que esses monitores seriam mais precisos.”

Laura é responsável por organizar e distribuir 1.000 dentre os 1.200 monitores utilizados na Santa Casa de Porto Alegre. E desde outubro de 2021, quando passou a utilizar os dosímetros OSL, a física médica diz ter sentido na prática a melhoria. “Desde o início nos surpreendemos, porque a Sapra Landauer tem um diferencial na entrega, na organização dos envelopes, nas remessas, na documentação dos processos e das atividades, sem contar os benefícios da tecnologia em si”, comenta.

 

 

Tecnologia OSL

A tecnologia OSL é uma evolução em dosimetria, que evidencia os benefícios na rotina em diversos aspectos: possibilita a realização da releitura do dosímetro OSL, o que oferece grande segurança na avaliação das doses reportadas; amplia os limites de medida, desde o valor mínimo de detecção de dose até o limite superior máximo de linearidade do detector; e oferece mais segurança na prestação do serviço com o sistema InLight, que permite realizar a leitura dos dosímetros sem perda de acuracidade devido ao processo de intercomparação entre os leitores.

Todos esses detalhes são fundamentais para um hospital, onde a rotina muitas vezes intensa dos profissionais da saúde, que lidam com vidas, faz com que se esqueçam de retirar os monitores, que acabam sendo encontrados na lavanderia, junto com os jalecos. Esse é um cenário comum em muitos hospitais, e na Santa Casa de Porto Alegre não é diferente.

“Já houve vezes em que o monitor foi processado na máquina de lavar roupa junto com os jalecos, especialmente quando o profissional sai de um momento tenso no centro cirúrgico. Mas além da identificação externa, o dosímetro da Sapra tem identificação interna, então, quando essa lavagem não danifica o monitor, é possível a análise e avaliação de dose, o que nos permite identificar o colaborador e o período. Essa rastreabilidade facilita muito nosso dia a dia”, relata.

Responsável pela gestão do contrato, Laura diz que se sente satisfeita com esta parceria. “Nós percebemos que a Sapra segue a Legislação à risca e tem todo um cuidado na consultoria técnica, o que nos deixa muito seguros, porque esse é um dado sensível, já que cada dose é associada aos dados pessoais do indivíduo. E o custo-benefício do serviço é ótimo”, destaca.

Desafios e soluções

Formada pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ligada à Santa Casa de Misericórdia, Laura afirma que um dos maiores desafios do setor é a conscientização, já que o uso dos monitores não é uma questão intuitiva.

“Uma das minhas funções é a capacitação continuada que, por lei, deve ocorrer anualmente. Mas essa é uma luta diária e frequentemente vou aos setores para lembrar a relevância dos dosímetros, explicar o fluxo e o seu funcionamento, aliás, sempre levo comigo o modelo pedagógico para mostrar como é feita a verificação. E estou sempre ressaltando a importância de não deixar nenhuma lacuna no histórico do profissional”, afirma.

Segundo ela, a área de radiação ainda gera dúvidas e também há muitos mitos que a envolvem. Por isso, a informação constante é tão fundamental quanto a exposição controlada, daí a importância do monitoramento correto.

“Essa nova parceria facilitou bastante a gestão dos dosímetros. Além das melhorias técnicas, notamos diferença na entrega, na troca, nos relatórios de dose, que são mais explicativos, mais técnicos e mais eficazes para o nosso próprio registro como supervisores de proteção radiológica. Tem sido bom também para apresentar dados em auditorias ou em outras especificações externas, é um material mais robusto. Especialmente para mim, que cuido de muitos dosímetros, facilitou demais a organização. Por exemplo, qualquer erro de cadastro é identificado pela empresa, que imediatamente nos apresenta, aumentando ainda mais nossa confiança”, diz Laura.

Para ela, poder contar com o GPR – Gerenciador de Proteção Radiológica, plataforma disponibilizada pela Sapra, é outro benefício intrínseco ao processo. “Eu uso o GPR todos os dias, seja para consultar ou para incluir alguma informação. É bem intuitivo. E na plataforma ainda podemos nos atualizar constantemente, tenho achado muito bom”, observa.

Adaptações

Laura também ressaltou benefícios que não estão na literatura, mas que foram sentidos na prática imediatamente após a nova parceria. “Toda a logística está muito rápida, inclusive o envio de novos monitores de urgência, fiquei surpresa. O relatório de doses também é ágil e a consultoria que recebemos foi diferencial. Precisamos fazer algumas adaptações à nossa realidade, e fomos atendidos com êxito, estamos muito satisfeitos”, finaliza.

Como usar o dosímetro corretamente

Uso correto de equipamento de proteção garante a segurança do profissional

O uso correto do dosímetro ou monitor individual é essencial para garantir a proteção radiológica adequada aos profissionais expostos à radiação e cumprir a legislação sanitária e também trabalhista.

Um quiz realizado pela Sapra apontou que alguns profissionais ainda tem dúvidas sobre “Em qual região do corpo deve ser utilizado o monitor de tórax?”.

Como usar o monitor individual

Os monitores individuais devem ser utilizados durante toda a jornada de trabalho com radiação, sempre presos junto ao corpo, na lapela, na região mais exposta do tórax.

Os usuários devem tomar cuidado para que nenhum objeto se interponha entre a exposição a ser medida e o monitor do indivíduo que está sendo monitorado. Deve ser evitado o uso dos monitores presos a correntes ou acessórios similares que possam levar ao movimento do monitor durante os procedimentos com radiação.

Já quando o profissional fizer uso do avental de chumbo de proteção, o monitor individual deve ser usado na região mais exposta do tórax sobre o avental.

Monitor não deve ser levado para casa

Ao término da jornada de trabalho, ou sempre que não estiver utilizando o monitor individual, ele deve ser mantido junto ao monitor padrão destinado ao respectivo local de uso.
Os monitores devem ser utilizados por um período de 30 dias completos, exceto nas situações especiais em que haja uma recomendação da Sapra Landauer, em acordo com os responsáveis pela proteção radiológica da instituição.

Eles são individuais e intransferíveis e só podem ser usados pelo indivíduo e no local para o qual foi designado. O local refere-se a uma instituição (instalação, ou estabelecimento ou serviço) ou a cada setor de uma instituição.

Tem dúvida de como usar o monitor individual? Fale com a Sapra Landauer.