Entrevista: Físico da Santa Casa SP ressalta importância das ações de proteção radiológica

Rafael Eidi Goto, físico supervisor de proteção radiológica na Unidade Estratégica de Serviço de Diagnóstico por Imagem da Santa Casa de São Paulo acompanhou encontro técnico da Sapra

A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo esteve representada no Encontro Técnico de Proteção Radiológica em Radiologia Intervencionista, realizado pela Sapra Landauer, no último dia 22 de agosto, no Hotel Estanplaza Paulista, em São Paulo. O físico Rafael Eidi Goto, supervisor de proteção radiológica na Unidade Estratégica de Serviço de Diagnóstico por Imagem da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e vice-diretor dos cursos de Graduação Tecnológica da Faculdade de Ciência Médicas da Santa Casa de São Paulo “FCMSCSP”, acompanhou as palestras das físicas Yvone Mascarenhas e Rochelle Lykawka.

Ao final, ele comentou alguns indicativos apontados nas apresentações das palestrantes e destacou a importância do evento realizado pela Sapra Landauer.  

Segundo Goto, os dados que mostram o aumento de doses dos profissionais que trabalham diretamente com hemodinâmica reforçam a importância de se discutir o assunto em encontros técnicos similares.

“Dentro deste contexto de aumento das doses também se faz necessário o aumento da fiscalização e da intervenção do profissional de física médica juntos aos profissionais ocupacionalmente expostos. Os profissionais têm que ter a ciência de que a monitoração é necessária e de que o uso de dosímetro é de extrema importância”, defendeu o físico.

Na opinião do supervisor de proteção radiológica da Santa Casa de São Paulo, um dos principais desafios dos comitês que atuam nas instituições de saúde é justamente a conscientização dos usuários para a importância do uso do monitor.

“E também os profissionais precisam entender que não se trata de uma medida punitiva do conselho de proteção radiológica. É uma ação preventiva e de proteção da própria saúde do trabalhador que, inclusive, deve ser adotada em conjunto com medicina do trabalho”, ressaltou.

Goto avalia que os treinamentos e cursos de capacitação dados pelos comitês têm apresentado resultados positivos. “Os profissionais, em geral, têm se mostrado mais conscientes em relação à proteção radiológica. No nosso serviço, o registro de dose não está relacionado ao aumento no número de procedimentos, mas sim à adoção do uso do dosímetro”, apontou. “Claro que ainda existem profissionais que não utilizam o equipamento individual. Nestes casos, eu acredito em esquecimento, falta de cultura ou até mesmo outras razões que o impeçam de se dirigir ao quadro de dosímetros todos os dias. Alguns ainda levam o dosímetro para casa, mesmo sabendo que isso não deve ser feito”, acrescentou o físico.

Diante deste cenário, Goto reforça que os comitês de proteção radiológica estão atentos e agindo, intervindo junto aos funcionários, através de treinamentos e capacitação. “É fundamental a atuação dos supervisores das unidades e as ações dos comitês de proteção radiológica”, concluiu o físico supervisor de proteção radiológica na Unidade Estratégica de Serviço de Diagnóstico por Imagem da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Entrevista: Física da DASA defende a informação como aliada da proteção radiológica

Fátima Faloppa Rodrigues Alves participou do encontro técnico sobre radiologia intervencionista da Sapra Landauer

A DASA – Diagnósticos da América, uma das maiores prestadoras de serviços de medicina diagnóstica da América Latina, que oferece mais de 3 mil tipos de exames de análises clínicas e diagnósticos por imagem, também esteve presente no do Encontro Técnico de Proteção Radiológica em Radiologia Intervencionista, dia 22 de agosto, no Hotel Estanplaza Paulista, em São Paulo, representada por Fátima Faloppa Rodrigues Alves, coordenadora de física médica.

Depois de acompanhar a palestra da física e diretora-presidente da Sapra Landauer, Yvone Maria Mascarenhas e a palestra da física Rochelle Lykawka , ela elogiou o encontro, que definiu como esclarecedor.

“Por causa do aumento do número de procedimentos na medicina intervencionista, a incidência de doses está cada vez maior. E isso vem ocorrendo principalmente no caso das crianças, que formam o público que demanda mais atenção e cuidado. Então, é importante a conscientização dos profissionais envolvidos. Como também é importante que as pessoas conheçam os equipamentos e o que eles podem oferecer de qualidade de imagem, com baixas doses. A informação é essencial”, declarou a física.

Ela também comentou o fato levantado na palestra de Rochelle Lykawka, a respeito de alguns médicos ainda realizarem procedimentos sem proteção radiológica. “Eu acho que essa resistência diminuiu bastante, principalmente entre os técnicos e tecnólogos. No caso dos médicos, talvez um pouco menos. Por isso, é importante promover cursos e treinamentos sobre o tema. E os comitês de proteção radiológica das instituições também estão trabalhando muito neste sentido”, avaliou.

Para Fátima, a iniciativa da Sapra de promover o debate sobre redução de doses reforça a responsabilidade da empresa com seus parceiros. “Foi realmente muito esclarecedor. Este tipo de evento que é realizado pela Sapra é sempre muito produtivo e eu sugiro que tenha continuidade”, disse a física da DASA, que também tinha marcado presença no encontro Encontro Técnico de Proteção Radiológica nas Áreas Médica e Industrial da Sapra, em março último.

GPR ONLINE – No intervalo das palestras, a coordenadora de física médica ainda conversou com Eurides Anselmo Queiroz, do setor de informática da Sapra, que esteve no encontro expondo e esclarecendo dúvidas sobre o sistema GPR Online, serviço desenvolvido e disponibilizado pela empresa aos parceiros para otimizar o trabalho de profissionais responsáveis pelos setores de proteção radiológica.

Através do sistema, eles podem fazer consultas online de relatórios de doses mensais, acessíveis assim que analisados e gerados na base de dados da Sapra Landauer; podem consultar doses mensais e acumuladas por usuário, por grupo de usuários por setor e por instituições afiliadas; consultar o movimento de envio e recebimento dos monitores a partir da base de dados da Sapra; efetuar alterações, inclusões e exclusões de usuários e transferências entre instituições afiliadas e consultar o cadastro informatizado de usuários e instituições de acordo com os padrões da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).